Libertinagem e homossexualidade em Madame Putiphar (1939), de Pétrus Borel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2010v18p100

Palavras-chave:

Madame Putiphar, Romantismo frenético, Literatura erótica, Lesbianismo

Resumo

Pétrus Borel, figura de proa do romantismo frenético de 1830, compõe o romance Madame Putiphar (1839), com o objetivo de descortinar a corrupção e a libertinagem da corte francesa do século XVIII, durante o reinado de Luís XV, época na qual a trama se desenrola. Dentre as personagens da narrativa, a camareira real, homossexual, possui relevância na intriga, com a função de iniciar as amantes do rei nas práticas libertinas, tornando-se uma peça-chave na dinâmica dissoluta do poder. Finalmente, destaca-se que a representação da personagem lésbica, como instrutora sexual, constitui a retomada de um personagem-tipo da literatura erótica do século XVIII, remontando às obras de Sade e do marquês d’Argens.

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Biografia do Autor

Fernanda Almeida Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

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Publicado

25-03-2016

Como Citar

LIMA, F. A. Libertinagem e homossexualidade em Madame Putiphar (1939), de Pétrus Borel. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 18, p. 100–108, 2016. DOI: 10.5433/1678-2054.2010v18p100. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24953. Acesso em: 29 mar. 2024.