Movimentos de um drama estático: memória e subjetividade na constituição de um "dramático (sem sujeito)"

Autores

  • Lígia Maria Winter Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2008v14p66

Palavras-chave:

Memória, Subjetividade, Sonho, Entrelugar

Resumo

O trabalho propõe uma análise do drama da memória e da subjetividade na constituição de um “dramático (sem sujeito)” num dos primeiros textos do gênero drama de Fernando Pessoa: Drama estático em um quadro: o marinheiro. O conceito de dramático é compreendido em sua força de deslocamento da própria subjetividade, que deveria ser pressuposta para a narração de si. Negando também a cronologia e a ação física do gênero para mover-se entre sonho e vigília, o Drama estático aciona um movimento imagético em um quadro, fazendo com que a vivência da imagem coloque em xeque as noções de passado factual, identidade imutável e memória voluntária.

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Biografia do Autor

Lígia Maria Winter, Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

24-03-2016

Como Citar

WINTER, L. M. Movimentos de um drama estático: memória e subjetividade na constituição de um "dramático (sem sujeito)". Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 14, p. 66–76, 2016. DOI: 10.5433/1678-2054.2008v14p66. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24897. Acesso em: 19 abr. 2024.