A cidade deteriorada: distopia literária e ecologia na ficção de Ignácio de Loyola Brandão

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DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2008v12p5

Palavras-chave:

Literatura, Cidade, Distopia, Ecocrítica

Resumo

O objetivo deste texto é problematizar a construção do espaço urbano, contrapondo-o à realidade aparente do fim do século 20, na narrativa Não verás país nenhum (1981), de Ignácio de Loyola Brandão. Adota-se a perspectiva interpretativa da distopia literária, a partir de Levitas (1990) e Cavalcanti (2006), e da ecocrítica, baseada em Guatarri (1989) e Garrard (2006). Parte-se do pressuposto de que o espaço urbano literário, por apresentar uma cidade bastante negativa do ponto de vista social – considerando-se a realidade aparente –, configura-se uma distopia, apontando para uma cidade que exige de seus moradores cuidados maiores com o habitat ou com a ecologia.

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Biografia do Autor

Antonio de Pádua Dias da Silva, Universidade Estadual da Paraíba

Professor da Universidade Estadual da Paraíba.

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Publicado

23-03-2016

Como Citar

SILVA, A. de P. D. da. A cidade deteriorada: distopia literária e ecologia na ficção de Ignácio de Loyola Brandão. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 12, p. 5–15, 2016. DOI: 10.5433/1678-2054.2008v12p5. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24849. Acesso em: 29 mar. 2024.