Atividade de colônias de Cornitermes Cumulans (Isoptera, Nasutitermitinae) sobre estruturas edáficas macro e microagregadas em casa de vegetação

Autores

  • Maria Inês Lopes de Oliveira Universidade Estadual de Londrina
  • Norton Pólo Benito Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
  • Amabilio José Aires de Camargo Embrapa Cerrados
  • Maria de Fátima Guimarães Universidade Estadual de Londrina
  • Michel Brossard Institut de Recherche pour le Dévelopement

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n5p1733

Palavras-chave:

Termitária, Estrutura do solo, Micromorfologia, Porosidade, Pedoturbação.

Resumo

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de térmitas em estruturas oriundas de um Latossolo Vermelho Amarelo. Ninhos em atividade de Cornitermes cumulans (Isoptera, Nasutitermitinae) foram coletados a campo e mantidos em vasos em casa de vegetação por nove meses. As estruturas utilizadas no experimento foram macroestruturas densas e estrutura granular, ambas amostradas no mesmo solo que as colônias. O experimento foi realizado com duas repetições para cada estrutura, sendo cada repetição composta de um vaso com estrutura, ninho e alimento, e um vaso com a mesmo material e alimentação. As estruturas fabricadas pelos térmitas foram descritas macro e micromorfologicamente e comparadas com amostras coletadas no campo, também se verificou a distribuição das galerias. Os térmitas mantiveram as atividades de forrageamento e construção do ninho até o final do experimento, com algumas restrições. Para os vasos com estruturas densas a atividade desenvolveu-se tanto no vaso onde havia o ninho quanto no vaso com alimentação. Em comparação, para os vasos com estrutura granular as construções foram menos desenvolvidas e localizadas nos volumes associados aos ninhos. Nas estruturas construídas, as partículas de solo eram orientadas, formando uma parede rígida, como observado em feições coletadas no campo. As colônias de C. cumulans exploravam o ambiente de forma aleatória em todas as direções, retrabalhando estruturas densas e reagregando as partículas do solo para construção de galerias. Todas as estruturas densas ofertadas às colônias foram parcialmente ou completamente modificadas, e as concentrações de matéria orgânica das estruturas densas oriundas de horizontes profundos do solo foram incrementadas. Os térmitas retrabalham estruturas deixadas por eles ou outros invertebrados do solo, criando microestrutura e re-agregando o solo.

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Biografia do Autor

Maria Inês Lopes de Oliveira, Universidade Estadual de Londrina

Doutorada em Agronomia da Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR.

Norton Pólo Benito, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF.

Amabilio José Aires de Camargo, Embrapa Cerrados

Pesquisador da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.

Maria de Fátima Guimarães, Universidade Estadual de Londrina

Profª Drª do Deptº de Agronomia, UEL, Londrina, PR.

Michel Brossard, Institut de Recherche pour le Dévelopement

Pesquisador do Institut de recherche pour le développement, IRD, UMR 210 Eco&Sols, BP 64501, 34394 Montpellier cedex 5, França.

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Publicado

2012-10-30

Como Citar

Oliveira, M. I. L. de, Benito, N. P., Camargo, A. J. A. de, Guimarães, M. de F., & Brossard, M. (2012). Atividade de colônias de Cornitermes Cumulans (Isoptera, Nasutitermitinae) sobre estruturas edáficas macro e microagregadas em casa de vegetação. Semina: Ciências Agrárias, 33(5), 1733–1744. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n5p1733

Edição

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