Os níveis sociolingüísticos

Autores

  • Hildo Honório do Couto Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.1979v1n3p15

Resumo

 

O autor mostra que é razoável postular três níveis para o português falado em Londrina, de um ponto de vista sociolinguístico. No entanto, os resultados são aplicáveis ao português em geral e até à língua de qualquer comunidade lingüística. Algumas tendências da sociologia reconhecem três níveis, alto, médio e baixo na estrutura da sociedade. Paralelamente, podemos postular os níveis A, B e C para a linguagem de uma comunidade. O nível A seria o ideal lingüístico da comunidade é o tipo de linguagem digno de ser imitado como p. ex., a linguagem literária e a língua escrita de um modo geral bem como a linguagem falada em situações formais. O nível C é o extremo oposto. Ele é a fala das classes baixas urbanas e das comunidades rurais em geral. É, assim, uma variedade de linguagem estigmatizada, vitanda. O nível B, por outro lado, está a meio caminho entre ambas as variedades lingüísticas. Ele é o menos marcado sociologicamente. Sugere-se a aplicação da distinção feita a diversas questões lingüísticas como, por exemplo, ao problema do "certo" e do "errado", ao ensino da língua vernácula, à definição da "norma lingüística" e à conceituação das variações diatópicas e diastráticas. Por fim apresenta-se uma curta análise do português londrinense segundo os princípios acima apresentados.

 

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Biografia do Autor

Hildo Honório do Couto, Universidade Estadual de Londrina

 

Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1973) e doutorado em Lingüística pela Universitaet zu Koeln (1978), Alemanha.

 

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Publicado

1979-01-03

Como Citar

Couto, H. H. do. (1979). Os níveis sociolingüísticos. Semina: Ciências Agrárias, 1(3), 15–24. https://doi.org/10.5433/1679-0359.1979v1n3p15

Edição

Seção

Artigos