Produção, qualidade do leite e variáveis fisiológicos de vacas leiteiras em pastejo rotacionado na estação seca e chuvosa
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n2p769Palavras-chave:
Brachiaria decumbens, Contagem de células somáticas, Contagem bacteriana total, Proteína do leite.Resumo
O objetivo com esta pesquisa foi analisar o efeito das estações seca e chuvosa sobre a produção, qualidade do leite (gordura, lactose, proteína, sólidos totais, CTB e CCS) e as variáveis fisiológicas (temperatura retal e superficial e frequência respiratória e cardíaca) de vacas mestiças (holandês/zebu) em lactação, sob regime de pastejo rotacionado em pastagem cultivada, utilizando-se 10 vacas mestiças (holandês/zebu) em lactação, peso vivo médio de 500 ± 30 kg, sendo que no período chuvoso estavam entre o quarto e quinto mês de lactação e no período seco estavam entre o sétimo e oitavo mês de lactação com uma produção média inicial de 18 ± 4kg de leite/vaca/dia, mantendo homogeneidade do lote nas duas estações. Os animais foram mantidos em sistema semi-intensivo de criação, utilizando pastejo rotacionado em pastagem de Brachiaria decumbens, numa área de 3 hectares, onde existia um conglomerado de árvores que propiciavam 5m²/animal de sombra natural, para abrigar os animais nos horários mais quentes do dia. As estações do ano e os horários do dia influenciaram significativamente (P < 0,05) a temperatura do ambiente, umidade relativa do ar e o índice de temperatura de globo negro e umidade. A frequência respiratória e a temperatura superficial foram mais elevadas (P < 0,05) na estação seca e os valores da temperatura retal e frequência respiratória foram similares (P > 0,05) nas estações. A produção e a proteína do leite apresentaram diferença significativa (P < 0,05) em função das estações do ano. Com o auxílio das variáveis fisiológicas (temperatura retal e superficial e frequência cardíaca e respiratória), mesmo assim, as vacas diminuíram sua produção e aumentaram a concentração de proteína no leite.Métricas
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