Ovelha brasileira localmente adaptada: um modelo de adaptação para o semiárido

Autores

  • Jacinara Hody Gurgel Morais Leite Universidade Federal Rural do Semiárido
  • Luis Alberto Bermejo Asensio Universidad de la Laguna
  • Wallace Sostene Tavares da Silva Universidade Federal Rural do semiárido
  • Wilma Emanuela da Silva Universidade Federal Rural do semiárido
  • Dowglish Ferreira Chaves Faculdade Maurício de Nassau
  • Olivardo Facó Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Wirton Peixoto Costa Universidade Federal Rural do semiárido
  • Débora Andréa Evangelista Façanha Universidade Federal Rural do Semiárido

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n5p2261

Palavras-chave:

Adaptabilidade, Características do pelame, Recursos genéticos, Condições naturais, Hormônios tireoidianos, Bioquímica sérica.

Resumo

Os animais bem adaptados são caracterizados por manter a homeostase em condições naturais. O presente estudo teve como objetivo avaliar as respostas fisiológicas e morfológicas, bem como identificar a relação entre esses parâmetros a fim de, manter o estado homeotérmico, na estação seca e chuvosa. As medições foram tomadas em 383 ovelhas da raça Morada Nova, na época seca e chuvosa. As variáveis estudadas incluíram temperatura retal (TR), frequência respiratória (FR), espessura do pelame (EP), comprimento do pelo (CP), diâmetro do pelo (D) e densidade numérica (DN). Foram coletadas amostras de sangue para determinar a concentração bioquímica, eritrogama e hormonal. Os parâmetros de sangue avaliados da raça Morada Nova não demonstraram variação do intervalo de referência estabelecido para ovinos, confirmando que seu perfil de adaptabilidade, mesmo sob alta radiação e temperaturas do ar. Foram realizadas análises multivariadas para determinar a relação entre características morfológicas, bioquímicas, eritrocitárias e hormonais em cada estação. As correlações de diferenças foram observadas de acordo com a estação do ano. Na estação seca, as correlações foram significativas entre TR, FR, PCV, T4, GLU, CT, HL, GLO e TP, enquanto que na estação seca as características que apresentaram maior correlação foram MCV, T4, T3, CRE, GLO, TP PCV e GLU. Em conclusão, as ovelhas Morada Nova conseguem manter a homeotermia, mesmo nas condições ambientais mais estressantes. Seu perfil hematológico, bioquímico e hormonal permanecem dentro da faixa de normalidade para ovinos, confirmando a adaptabilidade dessa raça local ao ambiente semiárido brasileiro.

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Biografia do Autor

Jacinara Hody Gurgel Morais Leite, Universidade Federal Rural do Semiárido

Pesquisadora, Universidade Federal Rural do Semiárido, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Luis Alberto Bermejo Asensio, Universidad de la Laguna

Prof. Dr., Universidad de la Laguna, ULL, Tenerife, Canary Island, Spain.

Wallace Sostene Tavares da Silva, Universidade Federal Rural do semiárido

Discente, Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Wilma Emanuela da Silva, Universidade Federal Rural do semiárido

Discente, Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Dowglish Ferreira Chaves, Faculdade Maurício de Nassau

Prof. Dr., Faculdade Maurício de Nassau, UNINASSAU, Departamento de Veterinária, Fortaleza, CE, Brasil.

Olivardo Facó, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisidor, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Caprinos e Ovinos, Sobral, CE, Brasil.

Wirton Peixoto Costa, Universidade Federal Rural do semiárido

Prof. Dr., UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Débora Andréa Evangelista Façanha, Universidade Federal Rural do Semiárido

Profa Dra, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

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Publicado

2018-08-20

Como Citar

Leite, J. H. G. M., Asensio, L. A. B., Silva, W. S. T. da, Silva, W. E. da, Chaves, D. F., Facó, O., Costa, W. P., & Façanha, D. A. E. (2018). Ovelha brasileira localmente adaptada: um modelo de adaptação para o semiárido. Semina: Ciências Agrárias, 39(5), 2261–2272. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n5p2261

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