Polioencefalomalácia em ruminantes na região semiárida do estado do Rio Grande do Norte, Brazil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n1p231Palavras-chave:
Animais de produção, Doenças nutricionais, Líquido cefalorraquidiano, Necrose cerebrocortical.Resumo
O presente trabalho objetiva descrever os achados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e patológicos de casos de polioencefalomalácia (PEM) em ruminantes na região semiárida do Rio Grande do Norte. Sete ruminantes (cinco ovinos, um bovino e um caprino) com diagnóstico patológico de PEM foram incluídos. Quatro casos foram associados à deficiência de tiamina devido acidose láctica ruminal crônica por oferta de alimentação rica em carboidratos, destacando-se os concentrados, casca de soja triturada e melão. Três ruminantes de um surto de intoxicação por petróleo apresentaram lesões macro e microscópicas condizentes com alterações de malácia e edema em estruturas profundas do encéfalo, descritas em ruminantes com PEM associada à intoxicação por enxofre. As principais alterações macroscópicas incluíram congestão dos vasos cerebrais, edema e conificação do cerebelo. Em todos os casos avaliados, as lesões microscópicas mais observadas foram a necrose neuronal laminar e segmentar em diferentes regiões do encéfalo, espongiose, picnose nuclear e a presença de neurônios vermelhos. A análise do líquido cefalorraquidiano revelou alterações inespecíficas, sendo necessário sua associação aos achados epidemiológicos, clínicos e patológicos, pois os resultados aqui descritos são semelhantes aos relatados em doenças tóxicas com manifestações neurológicas, como o botulismo.Métricas
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