Atividade nematicida de extratos de crambe sobre Meloidogyne spp.

Autores

  • Sidiane Coltro-Roncato Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • José Renato Stangarlin Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Affonso Celso Gonçalves Jr. Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Odair José Kuhn Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Edilaine Della Valentina Gonçalves Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Omari Dangelo Forlin Dildey Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Éder Lisandro de Moraes Flores Universidade Tecnológica Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n4p1857

Palavras-chave:

Alil isotiocianato, Controle alternativo, Crambe abyssinica, Glicosinolato, Meloidogyne incógnita, Meloidogyne javanica.

Resumo

Medidas alternativas de controle de fitonematoides, como o uso de metabólitos secundários produzidos pelas plantas, podem ser exploradas no contexto do manejo integrado em fitossanidade. O objetivo deste trabalho foi verificar quais os melhores solventes para obtenção de alil isotiocianato de folhas de Crambe abyssinica, e o efeito dos mesmos sobre Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica. Folhas secas de crambe na concentração de 200 mg L-1 foram utilizadas para o preparo dos extratos com os solventes água (para os extratos obtidos por infusão e trituração), acetona (cetônico), água + álcool etílico (hidroalcoólico), álcool metílico (metanólico), hexano (hexânico) e clorofórmio (clorofórmico). Após a rotoevaporação dos solventes o resíduo foi ressuspenso em água para utilização nos ensaios. Água destilada e nematicida foram usados como tratamentos controle. Após a seleção dos melhores extratos, os selecionados foram avaliados nas seguintes doses: 0, 200, 300, 400 e 500 mg L-1 de folhas secas de crambe. Para quantificar o alil isotiocianato presente nos extratos foi utilizada cromatografia líquida de alta pressão (HPLC). Para avaliar a eclosão foram utilizados 200 ovos e para motilidade e mortalidade, 200 juvenis de segundo estádio (J2). O extrato hidroalcoólico foi o mais efetivo em reduzir a eclosão de juvenis de M. incognita e M. javanica, com redução de 71.6 e 74.4 pontos percentuais, respectivamente. A mortalidade de M. incognita e M. javanica para o extrato hidroalcoólico foi de 93.2% e 64.4%, respectivamente, seguido do extrato metanólico (17.6% e 34%) e do extrato obtido por trituração (9.2% e 28%), respectivamente. Para o extrato hidroalcoólico, a concentração com melhor efeito nematicida foi de 250 mg L-1. Dos extratos analisados por HPLC, somente o metanólico e o hidroalcoólico apresentaram alil isotiocianato, indicando que os efeitos inibitórios da eclosão, motilidade e mortalidade não foram devidos apenas à presença desse composto.

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Biografia do Autor

Sidiane Coltro-Roncato, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Discente do Curso de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal, Laboratório de Nematologia, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

José Renato Stangarlin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Prof. Dr., Departamento de Agronomia, Fitopatologia, UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Affonso Celso Gonçalves Jr., Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Prof. Dr., Departamento de Agronomia, Química Agrícola e Ambiental, UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Odair José Kuhn, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Prof. Dr., Departamento de Agronomia, Fitopatologia, UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Edilaine Della Valentina Gonçalves, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Discente do Curso de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal, Laboratório de Nematologia, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Omari Dangelo Forlin Dildey, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Discente do Curso de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal, Laboratório de Nematologia, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Éder Lisandro de Moraes Flores, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Prof. Dr., Departamento de Química, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, Campus Medianeira, PR, Brasil.

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Publicado

2016-08-30

Como Citar

Coltro-Roncato, S., Stangarlin, J. R., Gonçalves Jr., A. C., Kuhn, O. J., Gonçalves, E. D. V., Dildey, O. D. F., & Flores, Éder L. . de M. (2016). Atividade nematicida de extratos de crambe sobre Meloidogyne spp. Semina: Ciências Agrárias, 37(4), 1857–1870. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n4p1857

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