Vibrio parahaemolyticus e Salmonella enterica isolados de pescados capturados no estuário da Lagoa dos Patos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1345Palavras-chave:
Micro-organismos patogênicos, Mugil platanus, Paralichthys orbignyanus, Peixe, Segurança alimentar.Resumo
Micro-organismos que causam doenças humanas podem contaminar os peixes no ambiente aquático, durante a captura, manuseio e transporte. O objetivo foi isolar Vibrio parahaemolyticus e Salmonella enterica de peixes capturados no estuário da Lagoa dos Patos e artesanalmente eviscerados e limpos para o comércio. Treze desembarques foram acompanhados e 65 peixes inteiros e 65 limpos foram analisados quanto à presença de V. parahaemolyticus e S. enterica. Os isolados foram comparados entre si através de rep-PCR. V. parahaemolyticusfoi isolado em uma corvina (Micropogonias furnieri)e duas tainhas(Mugil platanus) inteiras e em três M. platanus eviscerados. S. enterica foi isolada apenas de dois linguados (Paralichthys orbignyanus) eviscerados. O mesmo perfil de bandas do V. parahaemolyticus pela rep-PCR foram observados nos peixes inteiros e eviscerados do mesmo desembarque, sugerindo falhas de processamento, o qual não eliminou o micro-organismo da matéria-prima ou não preveniu a contaminação cruzada. Como S. enterica não foi isolada de peixes inteiros, presume-se que a contaminação aconteceu por causa de falhas higiênicas e sanitárias. Os resultados mostraram que os peixes da espécie M. furnieri e M. platanus capturados no estuário da Lagoa dos Patos podem hospedar V. parahaemolyticus e que este micro-organismo, assim como S. enterica, também pode estar presente em peixes eviscerados. Este é o primeiro registro de isolamento de V. parahaemolyticus em M. furnieri.Métricas
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