Bactérias isoladas de abscessos em pequenos ruminantes inspecionados na região semiárida do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1337Palavras-chave:
Caprino, Inspeção, Isolamento, Ovino, PCR.Resumo
Perdas na cadeia produtiva dos pequenos ruminantes pela condenação de carcaças e vísceras são comuns nos matadouros/frigoríficos da região nordeste do Brasil. Este estudo objetivou identificar agentes bacterianos, inclusive Mycobacterium spp., no conteúdo de abscessos encontrados no exame post mortem de caprinos e ovinos criados em regiões do nordeste do Brasil. Foram inspecionados no exame post mortem 679 caprinos e 1.838 ovinos. Para o isolamento bacteriano as amostras foram cultivadas em meio Agar Sangue e Lowenstein Jensen contendo piruvato ou glicerol. Além do cultivo, foi realizada identificação molecular para Mycobacterium spp. pela técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) em que foram utilizados primers que amplificam fragmentos de parte do gene hsp65. As amostras positivas para micobactérias foram submetidas ao sequenciamento de DNA. As frequências relativas de abscessos em caprinos e ovinos foram de 5,44% (37/679) e 3,26% (60/1.838), respectivamente. No exame microbiológico, utilizando o meio Ágar Sague, observou-se crescimento bacteriano em 87,7% (93/106) das amostras cultivadas. Destes, o Corynebacterium pseudotuberculosis representou 67,7% (63/93) dos isolados. Do cultivo em meio Lowenstein Jensen foram isolados micobactérias em 1,9% (2/106) das amostras de abscessos e, na PCR com DNA extraído direto das amostras de abscessos, observou-se amplificação em 0,9% (1/106) das amostras. No sequenciamento o isolado de Mycobacterium spp. foi confirmado como M. Novocastrense. C. pseudotuberculosis foi o principal agente responsável pela formação de abscessos nos animais avaliados e não foi identificada nenhuma espécie do complexo M. tuberculosis nos pequenos ruminantes inspecionados.Métricas
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