Comportamento ingestivo de ovinos mestiços da raça santa inês recebendo água com níveis de salinidade

Autores

  • José Helder Andrade de Moura Universidade Federal da Paraíba
  • Gherman Garcia Leal de Araújo Embrapa Semiárido
  • Edilson Paes Saraiva Universidade Federal da Paraíba
  • Ítalo Reneu Rosas de Albuquerque Universidade Federal da Bahia
  • Sílvia Helena Nogueira Turco Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Samir Augusto Pinheiro Costa Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Nilmara Mercia Santos Universidade Federal do Vale do São Francisco

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n2p1057

Palavras-chave:

Defecação, Ruminação, Ócio.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito dos níveis de salinidade da água de consumo sobre o comportamento ingestivo de ovinos inteiros mestiços da raça Santa Inês, criados no semiárido Nordestino Brasileiro. O experimento foi conduzido no setor de metabolismo animal, pertencente a Embrapa Semiárido, localizada em Petrolina/PE, situada na região Nordeste do país. Foram utilizados 32 ovinos inteiros mestiços da raça Santa Inês em confinamento, com idade de sete meses e peso corporal médio inicial de 21,76±1,25 Kg. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e oito repetições. Foram avaliados quatro teores de sais na água de beber dos animais: 640 - baixo; 3.188 - médio; 5.740 - alto e 8.326mg/l - muito alto de sólidos dissolvidos totais (SDT). Para o comportamento ingestivo foram realizadas observações a cada dez minutos, durante 24 horas, para determinação do tempo despendido em alimentação, ruminação e ócio. Além da determinação da mastigação merícica e número médio de defecação, micção e frequência de ingestão de água. O tempo despendido com alimentação, ruminação e ócio não sofreram alteração com os níveis de salinidade na água, assim como o consumo de matéria seca, consumo de fibra em detergente neutro, tempo de mastigação total, número de mastigação merícica por dia, número de refeição diária, duração média de cada refeição e o número de vezes de defecação por dia. Contudo, as eficiências de alimentação e ruminação em gramas de MS/h, o consumo de água ofertado, número de vezes de micção e ingestão de água, tiveram efeitos lineares, enquanto as variáveis: eficiência de ruminação em gramas de FDN/h, gramas de matéria seca por bolo, gramas de fibra em detergente neutro por bolo, número de bolos ruminais, número de mastigação merícica por bolo e tempo de mastigação merícica por bolo apresentaram efeitos quadráticos. Os diferentes níveis de sólidos dissolvidos totais (640, 3.188, 5.740 e 8.326 mg/l SDT), presente na água de beber de ovinos não promoveu alterações no comportamento ingestivo. Conclui-se que, águas com até 8.326 mg SDT/l podem ser uma alternativa de uso estratégico e sazonal para a dessedentação de ovinos mestiços da raça Santa Inês criados na região semiárida do Nordeste brasileiro.

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Biografia do Autor

José Helder Andrade de Moura, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Zootecnia pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Areia, PB, Brasil. 

Gherman Garcia Leal de Araújo, Embrapa Semiárido

Pesquisador da Embrapa Semiárido, Bolsista PQ/CNPq, Petrolina, PE, Brasil.

 

Edilson Paes Saraiva, Universidade Federal da Paraíba

Prof., Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias, UFPB, Areia, PB, Brasil. 

Ítalo Reneu Rosas de Albuquerque, Universidade Federal da Bahia

Discente de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos, UFBA, Salvador, BA, Brasil. 

Sílvia Helena Nogueira Turco, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Prof., Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal , UNIVASF, Petrolina, PE, Brasil. 

Samir Augusto Pinheiro Costa, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Mestre do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UNIVASF, Petrolina, PE, Brasil. 

Nilmara Mercia Santos, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Mestre do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UNIVASF, Petrolina, PE, Brasil. 

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Publicado

2016-04-26

Como Citar

Moura, J. H. A. de, Araújo, G. G. L. de, Saraiva, E. P., Albuquerque, Ítalo R. R. de, Turco, S. H. N., Costa, S. A. P., & Santos, N. M. (2016). Comportamento ingestivo de ovinos mestiços da raça santa inês recebendo água com níveis de salinidade. Semina: Ciências Agrárias, 37(2), 1057–1068. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n2p1057

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