Influência da temperatura na biologia de ninfas de Dichelops melacanthus (Dallas, 1851) (Heteroptera: pentatomidae)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2002v23n2p217Palavras-chave:
Percevejo, Desenvolvimento, Fator abiótico, Mortalidade.Resumo
Estudo referente à biologia de ninfas do percevejo barriga verde, Dichelops melacanthus (Dallas, 1851), sob três diferentes temperaturas (15, 20 e 25oC), foi realizado em laboratório. A tentativa de testar o efeito da temperatura desde a fase de ovo foi impossibilitada devido ao fato de nenhuma ninfa eclodir de posturas a 15 e 20oC. Ninfas do percevejo barriga verde foram mantidas sob diferentes temperaturas desde a eclosão, sendo individualizadas a partir do segundo ínstar em placas de Petri e alimentadas com vagens verdes e sementes secas de soja. A umidade relativa (65±5%) e a fotofase (14h) foram mantidas constantes. Ninfas acondicionadas desde o 1o ínstar à temperatura de 15oC não completaram o 2o ínstar, havendo 100% de mortalidade desde o início do experimento. Sob 20oC, somente um adulto emergiu, e a mortalidade total foi de 96,7%. À temperatura de 25oC, 56% das ninfas conseguiram completar seu desenvolvimento. O tempo total de desenvolvimento foi de 56,0 dias para o único adulto (macho) obtido à 20oC. Em 25oC, o tempo de desenvolvimento de fêmeas foi de 24,8 dias; os machos levaram 24,0 dias para completar seu desenvolvimento. Portanto, o percevejo D. melacanthus não foi capaz de se desenvolver sob temperaturas amenas (15oC e 20oC) em laboratório.
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