Estudo sorológico da infecção por Leptospira spp. em caprinos e ovinos abatidos no Estado da Paraíba, semiárido do Nordeste, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n2p819Palavras-chave:
Adaptabilidade, Caprinos, Leptospirose, Ovinos, Rusticidade.Resumo
O objetivo deste estudo foi determinar a frequência de anticorpos anti-Leptospira spp. em caprinos e ovinos abatidos em diferentes matadouros no Estado da Paraíba, região semiárida do Nordeste brasileiro. Foi coletado sangue de 500 caprinos e 500 ovinos aleatoriamente selecionados. Para verificar a presença de anticorpos anti-Leptospira spp. empregou-se o teste soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando-se 24 sorovares como antígenos. Dos 1.000 animais analisados 82 (8,2%; IC 95%= 7,0%-10,5%) foram sororreagentes, sendo 26/500 (5,2%; IC 95% =3,5%-7,5%) em caprinos e 56/500 (11,2%; IC 95% 8,7%-14,2%) em ovinos. Os sorovares mais frequentes foram Hardjobovis (14,6%) e Autumnalis (13,4%). Na espécie caprina, o sorovar mais frequente foi o Hardjobovis, e na espécie ovina o Ballum, com frequências de 19,2% e 17,9%, respectivamente. Houve diferença significativa na frequência de positivos entre os matadouros, tanto para caprinos (p = 0,035) quanto para ovinos (p = 0,004), com o município de Alhandra apresentando a maior frequência de soropositivos para ambas as espécies. Concluiu-se que ovinos e caprinos da região semiárida do Nordeste podem estar adaptados aos sorovares Hardjobovis e Autumnalis, bem como roedores silvestres estarem envolvidos na transmissão do agente. Possivelmente as condições climáticas influenciaram a transmissibilidade da leptospirose, especialmente na mesorregião da Mata Paraibana, entretanto isso não foi considerado suficiente para justificar a baixa frequência de animais soropositivos. Deste modo, é possível sugerir a hipótese de que a rusticidade dos pequenos ruminantes na região estudada contribui para a baixa sororreatividade verificada.Métricas
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