Estudo sorológico da infecção por Leptospira spp. em caprinos e ovinos abatidos no Estado da Paraíba, semiárido do Nordeste, Brasil

Autores

  • Diego Figueiredo da Costa Universidade Federal de Campina Grande
  • Aline Ferreira da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Areano Ethério Moreira de Farias Universidade Federal de Campina Grande
  • Arthur Willian de Lima Brasil Universidade Federal de Campina Grande
  • Fabrine Alexandre dos Santos Universidade Federal de Campina Grande
  • Ricardo de Figueiredo Guilherme Universidade Federal de Campina Grande
  • Sérgio Santos de Azevedo Universidade Federal de Campina Grande
  • Clebert José Alves Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n2p819

Palavras-chave:

Adaptabilidade, Caprinos, Leptospirose, Ovinos, Rusticidade.

Resumo

O objetivo deste estudo foi determinar a frequência de anticorpos anti-Leptospira spp. em caprinos e ovinos abatidos em diferentes matadouros no Estado da Paraíba, região semiárida do Nordeste brasileiro. Foi coletado sangue de 500 caprinos e 500 ovinos aleatoriamente selecionados. Para verificar a presença de anticorpos anti-Leptospira spp. empregou-se o teste soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando-se 24 sorovares como antígenos. Dos 1.000 animais analisados 82 (8,2%; IC 95%= 7,0%-10,5%) foram sororreagentes, sendo 26/500 (5,2%; IC 95% =3,5%-7,5%) em caprinos e 56/500 (11,2%; IC 95% 8,7%-14,2%) em ovinos. Os sorovares mais frequentes foram Hardjobovis (14,6%) e Autumnalis (13,4%). Na espécie caprina, o sorovar mais frequente foi o Hardjobovis, e na espécie ovina o Ballum, com frequências de 19,2% e 17,9%, respectivamente. Houve diferença significativa na frequência de positivos entre os matadouros, tanto para caprinos (p = 0,035) quanto para ovinos (p = 0,004), com o município de Alhandra apresentando a maior frequência de soropositivos para ambas as espécies. Concluiu-se que ovinos e caprinos da região semiárida do Nordeste podem estar adaptados aos sorovares Hardjobovis e Autumnalis, bem como roedores silvestres estarem envolvidos na transmissão do agente. Possivelmente as condições climáticas influenciaram a transmissibilidade da leptospirose, especialmente na mesorregião da Mata Paraibana, entretanto isso não foi considerado suficiente para justificar a baixa frequência de animais soropositivos. Deste modo, é possível sugerir a hipótese de que a rusticidade dos pequenos ruminantes na região estudada contribui para a baixa sororreatividade verificada.

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Biografia do Autor

Diego Figueiredo da Costa, Universidade Federal de Campina Grande

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, PB, Brasil. 

Aline Ferreira da Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, PB, Brasil. 

Areano Ethério Moreira de Farias, Universidade Federal de Campina Grande

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, PB, Brasil.

Arthur Willian de Lima Brasil, Universidade Federal de Campina Grande

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, PB, Brasil.

Fabrine Alexandre dos Santos, Universidade Federal de Campina Grande

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, PB, Brasil.

Ricardo de Figueiredo Guilherme, Universidade Federal de Campina Grande

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, PB, Brasil.

Sérgio Santos de Azevedo, Universidade Federal de Campina Grande

Prof., Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, PB, Brasil. 

Clebert José Alves, Universidade Federal de Campina Grande

Prof., Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, PB, Brasil. 

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Publicado

2016-04-26

Como Citar

Costa, D. F. da, Silva, A. F. da, Farias, A. E. M. de, Brasil, A. W. de L., Santos, F. A. dos, Guilherme, R. de F., Azevedo, S. S. de, & Alves, C. J. (2016). Estudo sorológico da infecção por Leptospira spp. em caprinos e ovinos abatidos no Estado da Paraíba, semiárido do Nordeste, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(2), 819–828. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n2p819

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