Avaliação clínica de ovinos não adaptados submetidos à ingestão súbita de melão com alto teor de açúcar

Autores

  • Francisco Leonardo Costa Oliveira Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Raimundo Alves Barrêto Júnior Universidade Federal Rural do Semiárido
  • Antonio Humberto Hamad Minervino Instituto de Biodiversidade e Floresta, Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Leonardo Frasson Reis Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Marcondes Dias Tavares Universidade Federal Rural do Semiárido
  • Rodolfo Gurgel Vale Universidade Federal Rural do Semiárido
  • Jucélio Silva Gameleira Universidade Federal Rural do Semiárido
  • Francisco Jocelho Alexandre Souza Universidade Federal Rural do Semiárido
  • Clara Satsuki Mori Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Enrico Lippi Ortolani Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6p3721

Palavras-chave:

Acidose, Suplementação, Frutas, pH, Rúmen.

Resumo

No presente trabalho estudaram-se os efeitos de duas quantidades diferentes de melão com alto teor de açúcares, oferecidas subitamente a ovinos não adaptados, sobre algumas variáveis clínicas. Foram utilizados 12 ovinos canulados, mestiços da raça Santa Inês, machos, pesando 25 kg, com oito meses de idade e que nunca haviam recebido rações concentradas, frutas ou raízes. Os animais foram mantidos em baias coletivas com dieta basal composta de volumoso e distribuídos aleatoriamente em dois grupos iguais que receberam, subitamente, quantidades de melão triturado correspondentes a 25 e 75% da matéria seca (MS) da dieta, administradas pela cânula ruminal. Foi realizado exame físico e mensuração do pH do fluido ruminal nos seguintes momentos: zero, 3, 6, 12, 18 e 24 h. Os animais do G25% não manifestaram sintomatologia clínica, apesar da acidose subaguda esperada após a administração de melão. Os animais do G75% desenvolveram quadro clínico indicativo de acidose láctica ruminal, com pH deste fluido inferior a 5,0 a partir do T6h, mas sem apresentar desidratação. Nos ovinos do G75% foi observada taquicardia a partir do momento 3 horas até o final do estudo e discreta taquipnéia no momento 3 horas, causadas pelo aumento da circunferência abdominal. Não se recomenda o oferecimento de altas quantidades de melão (75% da M.S.), porém a quantidade correspondente a 25% da M.S. é segura. Maiores concentrações dessa fruta na dieta podem ser utilizadas desde que se tomem cuidados para a adaptação gradual dos animais ao substrato.

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Biografia do Autor

Francisco Leonardo Costa Oliveira, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Médico Veterinário, Discente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ/ USP, São Paulo, SP, Brasil.

Raimundo Alves Barrêto Júnior, Universidade Federal Rural do Semiárido

Médico Veterinário, Prof. Dr., Deptº de Ciência Animal, Universidade Federal Rural do Semiárido, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Antonio Humberto Hamad Minervino, Instituto de Biodiversidade e Floresta, Universidade Federal do Oeste do Pará

Médico Veterinário, Prof. Dr., Instituto de Biodiversidade e Floresta, Universidade Federal do Oeste do Pará, UFOPA, Santarém, PA, Brasil.

Leonardo Frasson Reis, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Médico Veterinário, Discente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ/ USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcondes Dias Tavares, Universidade Federal Rural do Semiárido

Médico Veterinário, Discente do Programa de Pós-Graduação, Deptº de Ciência Animal, Universidade Federal Rural do Semiárido, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Rodolfo Gurgel Vale, Universidade Federal Rural do Semiárido

Médico Veterinário, Discente do Programa de Pós-Graduação, Deptº de Ciência Animal, Universidade Federal Rural do Semiárido, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Jucélio Silva Gameleira, Universidade Federal Rural do Semiárido

Médico Veterinário, Discente do Programa de Pós-Graduação, Deptº de Ciência Animal, Universidade Federal Rural do Semiárido, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Francisco Jocelho Alexandre Souza, Universidade Federal Rural do Semiárido

Discente de Graduação do curso de Zootecnia, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Clara Satsuki Mori, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Química, Técnica Nível Superior, FMVZ/USP, São Paulo, SP. Brasil.

Enrico Lippi Ortolani, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Médico Veterinário, Prof. Titular, FMVZ/USP, São Paulo, SP. Brasil.

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Publicado

2015-12-09

Como Citar

Oliveira, F. L. C., Barrêto Júnior, R. A., Minervino, A. H. H., Reis, L. F., Tavares, M. D., Vale, R. G., Gameleira, J. S., Souza, F. J. A., Mori, C. S., & Ortolani, E. L. (2015). Avaliação clínica de ovinos não adaptados submetidos à ingestão súbita de melão com alto teor de açúcar. Semina: Ciências Agrárias, 36(6), 3721–3730. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6p3721

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