Infusão contínua de propofol à taxa variada tempo dependente em gatos

Autores

  • Felipe Comassetto Universidade Do Estado De Santa Catarina
  • Martielo Ivan Gehrcke Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Marcos Paulo Antunes de Lima Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Ronise Tocheto Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Nilson Oleskovicz Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n2p797

Palavras-chave:

Anestesia total intravenosa, Farmacocinética, Infusão contínua, Felinos.

Resumo

Os felinos biotransformam o propofol lentamente, desenvolvendo efeito cumulativo. Neste sentido, objetivou-se desenvolver um esquema de infusão contínua de propofol a taxa variada tempo dependente em gatos. Foram utilizadas 16 gatas hígidas as quais foram submetidas à ovariossalpingohisterectomia eletiva e receberam como medicação pré-anestésica (MPA) dexmedetomidina (2,5?g/kg), metadona (0,5mg/kg) e cetamina (0,5mg/kg) por via intramuscular. Após 15 minutos, os animais foram alocados em dois grupos: Taxa Fixa (GTF), que receberam propofol 4mg/kg, seguido de infusão contínua (IC) na taxa de 0,3mg/kg/min durante 60 minutos; e Taxa Variada (GTV) que receberam o mesmo protocolo de indução com as taxas de IC iniciando em 0,3mg/kg/min durante 10 minutos, 0,25mg/kg/min até 25 minutos, 0,2 mg/kg/min até 45 minutos e 0,15mg/kg/min até 60 minutos de infusão baseado no software de simulação STAMPUMP®. Avaliaram-se as frequências cardíaca (FC) e respiratória (f), pressão arterial sistólica (PAS) e a manutenção do plano anestésico durante 60 minutos de infusão, bem como, os tempos para extubação, para decúbito esternal e de recuperação total. Observou-se plano anestésico similar em ambos os grupos, porém no GTV utilizou-se 30% menos propofol para manutenção da anestesia. Houve redução da FC e f em ambos os grupos após a indução, sendo que um animal do GTF apresentou apnéia durante todos os momentos avaliados. Houve diminuição da PAS no GTF em todos os momentos em relação ao basal, já no GTV, a PAS diminuiu apenas em um momento. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação aos tempos para extubação (GTF 43,2±19,5min e GTV 30,7±13,2min), para deambulação (GTF 60,7±29,6min e GTV 41,6±17,2min) e para recuperação total (GTF 136±34,3min e GTV 101,5±29,6min). Conclui-se que as duas técnicas mantém planos anestésicos similares, sendo seguras para utilização em gatas, e que a taxa variada apresenta consumo de propofol 30% menor.

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Biografia do Autor

Felipe Comassetto, Universidade Do Estado De Santa Catarina

Discente de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Lages, SC.

Martielo Ivan Gehrcke, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Lages, SC.

Marcos Paulo Antunes de Lima, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Lages, SC.

Ronise Tocheto, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Lages, SC.

Nilson Oleskovicz, Universidade do Estado de Santa Catarina

Prof., Pós-Graduação em Ciência Animal, UDESC, Lages, SC.

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Publicado

2015-04-22

Como Citar

Comassetto, F., Gehrcke, M. I., Lima, M. P. A. de, Tocheto, R., & Oleskovicz, N. (2015). Infusão contínua de propofol à taxa variada tempo dependente em gatos. Semina: Ciências Agrárias, 36(2), 797–806. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n2p797

Edição

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