Desverdecimento e armazenamento refrigerado de tangor ‘Murcott’ em função de concentração e tempo de exposição ao etileno

Autores

  • Maria Luiza Lye Jomori Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Fabiana Fumi Cerqueira Sasaki EMBRAPA Mandioca e Fruticultura
  • Natália Dallocca Berno Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Liliane Cristine Gimenes Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Ricardo Alfredo Kluge Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n2p825

Palavras-chave:

Citrus reticulata Blanco x Citrus sinensis Osbeck, Clorofila, Carotenóides, Índice de cor.

Resumo

O desverdecimento tem sido aplicado em países tradicionalmente exportadores e consumidores de citros frescos como forma melhorar a coloração externa, principalmente em regiões onde as temperaturas não são suficientemente baixas para a carotenogênese durante a maturação dos frutos. No Brasil, esta técnica é realizada de forma empírica, sem controle das condições de aplicação, e os frutos mostram baixa qualidade externa. Este estudo foi realizado com o objetivo de determinar as condições do desverdecimento de tangor ‘Murcott’, envolvendo a aplicação de etileno exógeno. Etileno nas concentrações de 5 e 10 mL L-1 foi aplicado em câmara durante 96 e 120 horas, em temperatura de 25ºC e umidade relativa de 90%. Depois de tratados, os frutos foram armazenadas a 5°C durante 30 dias e, depois disso, mais 3 dias a 25ºC (comercialização simulada). Os frutos foram avaliados em quatro períodos: depois da colheita, após o tratamento de desverdecimento, após o armazenamento refrigerado e após a comercialização simulada. Os parâmetros analisados foram: coloração da epiderme, teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), ratio (SS/AT), teor de ácido ascórbico, porcentagem de suco, teor de clorofila total e carotenoides, atividade da enzima clorofilase, taxa respiratória e taxa de produção de etileno. Frutos tratados com etileno, independente da dose, apresentaram aumento do índice de cor, acompanhados pela maior atividade da clorofilase e menor teor de clorofila. Não houve diferença para o teor de carotenoides nos períodos avaliados. Os tratamentos não interferiram o teor de sólidos solúveis, a acidez titulável, ratio, a porcentagem de suco e o conteúdo de ácido ascórbico. Frutos tratados com etileno nas duas concentrações apresentaram maior produção de etileno, sendo que a dose de 10 mL L-1 favoreceu a incidência de podridões. A aplicação de etileno 5 mL L-1 durante 96 horas já é suficiente para desencadear o processo de desverdecimento de tangor ‘Murcott’e pode ser utilizada para melhorar a coloração externa dessa cultivar.

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Biografia do Autor

Maria Luiza Lye Jomori, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Discente do Curso de Pós-Graduação em Fitotecnia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, ESALQ/USP, Piracicaba, SP.

Fabiana Fumi Cerqueira Sasaki, EMBRAPA Mandioca e Fruticultura

Pesquisadora da EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, BA.

Natália Dallocca Berno, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Discente do Curso de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, ESALQ/USP, Piracicaba, SP.

Liliane Cristine Gimenes, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Discente do Curso de Graduação em Engenharia Agronômica da ESALQ/USP, Piracicaba, SP.

Ricardo Alfredo Kluge, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Prof. do Deptº de Ciências Biológicas, ESALQ/USP, Piracicaba, SP.

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Publicado

2014-04-28

Como Citar

Jomori, M. L. L., Sasaki, F. F. C., Berno, N. D., Gimenes, L. C., & Kluge, R. A. (2014). Desverdecimento e armazenamento refrigerado de tangor ‘Murcott’ em função de concentração e tempo de exposição ao etileno. Semina: Ciências Agrárias, 35(2), 825–834. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n2p825

Edição

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