Aspectos clínicos do enxerto conjuntival 360º e do implante da membrana amniótica criopreservada no tratamento de úlceras de córnea em cães

Autores

  • Gabriel Thadeu Nogueira Martins Ferreira Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária
  • Talita Floering Brêda Souza Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária
  • Silmara Sanae Sakamoto Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária
  • Tereza Cristina Cardoso Silva Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária
  • Alexandre Lima Andrade Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n3p1239

Palavras-chave:

Córnea, Úlcera da córnea, Âmnio, Transplante de tecidos, Transplante homólogo, Cães.

Resumo

Avaliar a aplicação clínica do implante da membrana amniótica canina criopreservada em DMEM (Dulbecco’s Modified Eagle’s Médium) e DMSO4 (dimetilsulfóxido) na proporção 1:1 e do enxerto conjuntival 360º no tratamento de úlceras de córnea profundas. Um total de dez cães de diferentes raças, machos e fêmeas, com idades de quatro meses a quatro anos, com ulceração corneal profunda e evolução clínica diferente foram alocados em dois grupos: G1= enxerto conjuntival 360º fórnicebaseado (n=5) e G2= implante de membrana amniótica, suturada na borda da úlcera com sua face epitelial voltada para cima, associada ao recobrimento com a terceira pálpebra (n=5). Foram realizadas análises comparativas entre grupos em relação aos parâmetros clínicos: complicações, blefarospasmo, secreção ocular, vascularização corneal, defeito epitelial e opacificação corneal em seis momentos (primeiro atendimento de emergência, cirurgia e três, sete, 15, 30 dias pós-operatórios). Na ausência de defeito epitelial foi avaliada a qualidade da cicatriz. Utilizou-se escala subjetiva de escore para se qualificarem os sinais oftálmicos. No G1, não se observou aderência do enxerto conjuntival 360º na úlcera (n=2), deiscência da sutura do enxerto (n=2), sinéquia anterior (n=2) e intensa quemose (n=1). No G2, não foram observadas estas complicações. Não houve diferença estatística entre grupos para outros parâmetros oftálmicos, porém houve diferença entre momentos inicial e final no mesmo grupo (secreção ocular, vascularização e defeito epitelial). A cicatriz corneal apresentou-se densa e desorganizada no G1. De acordo com os resultados clínicos, o implante da membrana amniótica criopreservada provou ser mais eficaz no tratamento de úlceras de córnea profunda em comparação ao enxerto conjuntival 360º por, provavelmente, promover melhor suporte trófico para epitelização, associado ao efeito antinflamatório importante para o resultado fenotípico final.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Gabriel Thadeu Nogueira Martins Ferreira, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária

Discente do curso de pós-graduação, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP, Araçatuba, SP.

Talita Floering Brêda Souza, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária

Discente do curso de pós-graduação, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP, Araçatuba, SP.

Silmara Sanae Sakamoto, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária

Discente do curso de pós-graduação, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP, Araçatuba, SP.

Tereza Cristina Cardoso Silva, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária

Profª. Adjunto, UNESP, Araçatuba, SP.

Alexandre Lima Andrade, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária

Prof. Adjunto, UNESP, Araçatuba, SP.

Downloads

Publicado

2013-06-24

Como Citar

Ferreira, G. T. N. M., Souza, T. F. B., Sakamoto, S. S., Silva, T. C. C., & Andrade, A. L. (2013). Aspectos clínicos do enxerto conjuntival 360º e do implante da membrana amniótica criopreservada no tratamento de úlceras de córnea em cães. Semina: Ciências Agrárias, 34(3), 1239–1252. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n3p1239

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)