Estudo retrospectivo de casos caninos de leishmaniose atendidos na cidade de São Paulo, Brasil (1997-2007)

Autores

  • Márcia Cristina Sonoda Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
  • Claudio Nazaretian Rossi Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
  • Márcia Dalastra Laurenti Universidade de São Paulo
  • Carlos Eduardo Larsson Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n2p741

Palavras-chave:

Leishmaniose, Cães, Epidemiologia, Aspectos clínicos.

Resumo

A leishmaniose constitui-se em zoonose causada por protozoário pleomórfico do gênero Leishmania. Em face da magnitude de alastramentro da doença no Brasil, foi realizado um levantamento retrospectivo de casos de leishmaniose canina diagnosticados nos Serviços de Dermatologia e de Clínica Médica de cães e gatos do HOVET/USP. A amostragem compôs-se de 36 casos caninos naturalmente infectados por Leishmania sp, cujo diagnóstico fora estabelecido pela caracterização por pelos dados anamnésticos, de exames físico e dermatológico, complementados por exames hematológicos, bioquímicos e imagéticos, afora sorologia (Ensaio Imunoenzimático Indireto – ELISA e/ou Reação de Imunofluorescência Indireta – RIFI), histopatologia de pele e/ou pela evidenciação do protozoário em exames parasitológicos de biópsia aspirativa de linfonodos e/ou medula óssea e pela técnica de imuno-histoquímica. Não houve predisposição por um determinado sexo; a faixa etária (52,8%) mais prevalente foi aquela dos 13 a 48 meses de vida, com maior acometimento de cães de raça definida (66,7%), principalmente Poodles e Labradores (20,8% cada). Pôde-se concluir que todos os casos foram alóctones. Quanto aos municípios de origem os animais provieram de: Campinas, Campo Limpo Paulista, Holambra, Ilha Bela, São Roque, Sorocaba, Ubatuba e Uberaba (um caso / município). Os demais 28 cães do Estado de São Paulo originaram-se de municípios com transmissão: canina e humana (Araçatuba – três, Bauru – um), canina (Cotia – cinco, Embu – quatro) ou sob investigação (São Paulo – 11, Mogi das Cruzes – um). Já Portugal (um) e Minas Gerais (Belo Horizonte – dois) são locais caracterizados como de transmissão canina e humana. Puderam-se evidenciar deslocamentos breves ou longos a 14 municípios paulistas (Araçatuba, Birigui, Caraguatatuba, Cotia, Eldorado, Embu e Embu Guaçu, Guarujá, Ilha Bela, Itapecerica da Serra, Peruíbe, Presidente Prudente, São Roque e São Paulo) e a cinco Estados (Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina). De acordo com a classificação sintomatológica, 50% eram oligossintomáticos, 47,2% sintomáticos e 2,8% assintomáticos.

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Biografia do Autor

Márcia Cristina Sonoda, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo

Discente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária, Deptº de Clínica Médica, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, FMVZ/USP, São Paulo, SP.

Claudio Nazaretian Rossi, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo

Discente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária, Deptº de Clínica Médica, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, FMVZ/USP, São Paulo, SP.

Márcia Dalastra Laurenti, Universidade de São Paulo

Prof. Dr. Associado do Deptº de Patologia da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, FMVZ/USP, São Paulo, SP.

Carlos Eduardo Larsson, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Prof. Titular do Deptº de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ/SP, São Paulo, SP.

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Publicado

2013-05-14

Como Citar

Sonoda, M. C., Rossi, C. N., Laurenti, M. D., & Larsson, C. E. (2013). Estudo retrospectivo de casos caninos de leishmaniose atendidos na cidade de São Paulo, Brasil (1997-2007). Semina: Ciências Agrárias, 34(2), 741–758. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n2p741

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