O trote como um ritual de passagem: o universal e o particular

Autores

  • Kimiye Tommasino Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Leila Sollberger Jeolás Universidade Estadual de Londrina - UEL

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2000v5n2p29

Palavras-chave:

Trote universitário, Rito, Violência, Sociedade tradicional, Sociedade moderna, Holismo, Individualismo

Resumo

O texto objetiva contribuir com o debate atual sobre o trote violento, intensificado após a morte de um calouro de medicina há dois anos, fato que acirrou a discussão na imprensa e entre profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Cabe ressaltar a necessidade de se refletir sobre o sentido e a importância simbólico-prática desse ritual em nossa sociedade - parte constitutiva da vida universitária - e ampliar o debate para toda a comunidade universitária, o que não se fará sem dificuldades, pois envolve tema complexo, como o da violência nas sociedades atuais.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Kimiye Tommasino, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Ciência Social pela Universidade de São Paulo - USP. Professora da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

Leila Sollberger Jeolás, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP. Professora da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

Referências

BALANDIER, G. Antropológicas. São Paulo: Cultrix, 1976.

BALANDIER, G. O poder em cena. Pensamento político. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1982 (Coleção Pensamento Político, 46).

BALANDIER, G. Images, images, images. Cahiers Internationaux de Sociologie, Paris, v. 82, p. 7-22, jan./jui. 1987.

BALANDIER, G. Le dédale: pour en finir avec le XXe. siecle. Paris: Fayard, 1994.

CLASTRES, P. A sociedade contra o estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.

CLASTRES, P. Arqueologia da violência. Ensaios de antropologia política. São Paulo: Brasiliense, 1982.

COLTRO, M. Trote e cidadania. Interface. Comunicação, Saúde, Educação, v. 3, n. 5, Botucatu, SP: Fundação UNI/Unesp, p. 135-136, 1999.

DAMATTA, R. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

GLUCKMAN, M. Rituais de rebelião no sudeste da África. Cadernos de antropologia, Brasília: UNB, n. 4, 1974.

JEAMMET, P. L'adolescence est-elle un risque? In: TURSZ, A.; SALMI, Louis-Rachid; SOUTEYRAND, Yves (org.). Adolescence et risque. Paris: Syros, 1993.

KRENAK, A. Receber sonhos. Revista trimestral do PT. São Paulo, v. 2, n. 7, p. 2-13, jul./ago./set. 1989.

LE BRETON, D. Passions du risque. Paris: Métailié, 1991.

RANGEL, L. H. Da infância ao amadurecimento: uma reflexão sobre rituais de iniciação. Interface. Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu: Fundação UNI/UNESP, v. 3, n. 5, p. 147-152, 1999.

RIBEIRO, R. J. O trote como sintoma: a dor de lidar com a dor alheia. Interface. Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu: Fundação UNI/UNESP, v. 3, n. 5, p. 153-160, 1999.

VAN GENNEP, A. Os ritos de passagem. Petrópolis: Vozes, 1978 (Antropologia, 1).

ZALUAR, A. A guerra privatizada da juventude. Folha de São Paulo, São Paulo, 18 05 1997, Caderno Mais.

Downloads

Publicado

2000-11-09

Como Citar

TOMMASINO, K.; JEOLÁS, L. S. O trote como um ritual de passagem: o universal e o particular. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 5, n. 2, p. 29–49, 2000. DOI: 10.5433/2176-6665.2000v5n2p29. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9159. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos