A informação e a dialética do desenvolvimento humano

Autores

  • Miguel Angel Rendón Rojas Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2017v22n2p293

Palavras-chave:

Dialética, Informação, Dialética do Ser Informacional

Resumo

Introdução: A informação e o ser humano são duas realidades inseparáveis que não podem existir uma sem a outra. Por um lado, dizer "informação" implica reconhecer um ser humano que a criou; e, por outro lado, estar diante de um ser humano pressupõe a existência de informações para se formar, comunicar e viver na sociedade. Esta unidade, a informação- o ser humano, manifesta-se como uma realidade ontológica: o ser informacional. Diante dessa interdependência surge a preocupação de analisar como aparece filosoficamente a relação informaçãodesenvolvimento humano a partir de uma perspectiva holística e dialética. Objetivo: o documento procura explicar e entender o processo pelo qual o ser humano, visto como um ser informativo, passa por vários estágios em seu processo dialético para atingir seu autoconhecimento. Metodologia: o método dialético foi adotado neste trabalho, até porque que reconhece a interdependência dos opostos sem privilegiar ou subestimar algum deles e, ao mesmo tempo, contempla a realidade como algo sempre dinâmico. Além disso, foi utilizada a pesquisa documental para identificar autores e artigos que analisaram o problema. Simultaneamente, o método hermenêutico foi usado para interpretar os textos consultados e para estabelecer um diálogo com as propostas dos pensadores que serviram como referências teóricas. O método de análise e síntese foi outra ferramenta metodológica adotada e, finalmente, o método dedutivo foi útil para fazer as inferências lógicas necessárias a fim de obter as conclusões devidamente fundamentadas. Primeiramente, as noções de dialética e informação são analisadas e, no segundo momento, esses conceitos são aplicados na análise do desenvolvimento humano desde o ponto de vista do ser informacional. Resultados: O estudo mostrou a necessidade de usar uma dialética diferente da hegeliana, devido a que as contradições não são resolvidas em uma síntese superior, mas no qual a tensão está permanentemente preservada. Como consequência, não existe direção nem termo de movimento. Descobriu-se que os momentos da dialética: estar em si mesmo, estar fora de si mesmo, ser para si mesmo aparecem no movimento do ser informacional como um sujeito que constrói informação ideal, documentos como objetivação de informação e reconstrução de informações em sua natureza ideal ao consultar documentos. Conclusões: conclui-se que a informação é um agente indispensável para o processo de formação do ser humano e, na esfera informativo-documental convergem a ontologia, gnosiologia, antropologia e o social.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Miguel Angel Rendón Rojas, Universidade Estadual de Londrina

Doctor en filosofía. Investigador del Instituto de Investigaciones Bibliotecológicas y de la Información. Universidad Nacional Autónoma de México.

Referências

BAR-HILLEL, Y. An Examination of Information Theory. Language and Information. Jerusalem: Jerusalem Academic Press, 1964. pp. 275-297.
BEUCHOT, Mauricio. Respuesta a “Los límites de la hermenéutica analógica”. Multidisciplina. Revista electrónica de la Facultad de Estudios Superiores Acatlán. N. 3. Naucalpan, Estado de México: FES Acatlán. pp. 107-109. 2009. Disponible en: http://www.acatlan.unam.mx/mul tidisciplina/21/> [Consultado en septiembre de 2017 ]
DERRIDA, J. Gramatología. México: Siglo XXI, 1986.
DERRIDA, J. La diseminación. Madrid: Fundamentos, 1975.
DODIG-CRNKOVIR, G. Info-computacionalismo. Glossarium bitri. Glosario de conceptos, metáforas, teorías y problemas en torno a la información José María Díaz Nafría, Mario Pérez- Montoro Gutiérrez, Francisco Salto Alemany (Coord). León: Universidad de León, 2010. pp. 106-107.
FREGE, G. El pensamiento. Investigaciones lógicas. Madrid: Tecnos, 1984 GADAMER, H. G. Verdad y método. Salamanca: Sígueme, 1997.
HARTLEY, R. V. L. Transmission of Information. Bell System Technical Journal, v. 7, n. 3. p. 535-563. 1928
HEGEL, G. W. F. Ciencia de la lógica. Buenos Aires: Solar, 1968.
HEGEL, G. W. F. Fenomenología del Espíritu. Madrid: FCE España, 1985.
HEGEL, G. W. F. Enciclopedia de las ciencias filosóficas. México: Casa Juan Pablos, 2005.
HEIDEGGER, M. El Ser y el tiempo. México: FCE, 1980.
KANT, I. Crítica de la razón pura. Buenos Aires: Colihue, 2007.
LANDAUER, R. The physical nature of information. Physics Letters A. 217. p. 188-193. 1996.
PORFIRIO. Isagoge Εισαγογη. Edición trilingüe. Barcelona: Anthropos, 2003. Disponible en: http://es.scribd.com/doc/62407693/Porfirio-Isagogetrilingue#scribd> [Consultado en septiembre de 2017 ]
MARX, K. Manuscritos: economía y filosofía. Madrid: Alianza Editorial,1980.
MARX, K. y ENGELS, F. La ideología alemana. México: Grijalvo, 1987.
NIETZCHE, F. Fragmentos póstumos. Una selección. Madrid: Abada Editores, 2004.
RAPAPORT, A. What is information? En SARACEVIC, T. (Comp. y Ed.) Introduction to information science. New York & London: Bowker Company, 1970. p. 5-12.
REALE, G y ANTISERI, D. Historia del pensamiento filosófico y científico. Tomo 3. Barcelona: Herder, 1995.
RENDÓN ROJAS, M. A. Bases teóricas y filosóficas de la Bibliotecología. 2ª. Ed. México: UNAM / CUIB, 2005.
RENDÓN ROJAS, M. A. El concepto de información desde una óptica de la filosofía de la Bibliotecología y Estudios de la Información. HERNÁNDEZ SALAZAR, P. (Coord) Significados e interpretaciones de la información desde el usuario. México: UNAM, Instituto de Investigaciones Bibliotecológicas y de la Información, 2017. p. 29-76.
SHANNON, C. E. Y WEAVER, W. The mathematical theory of communication. Urbana, il: University of Illinois Press, 1949.
STONIER, T. Information as a basic property of the universe. Bio Systems, v. 38, 135-140. 1996.
WIENER, N. Cybernetics or control and communication in the animal and the machine. 2d. ed. New York: MIT Press, 1961.

Publicado

2017-10-29

Como Citar

Rendón Rojas, M. A. (2017). A informação e a dialética do desenvolvimento humano. Informação & Informação, 22(2), 293–319. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2017v22n2p293

Edição

Seção

Artigos