A revolução dos bichos não humanos: uma análise animalesca e abolicionista

Autores

  • Charlies Uilian de Campos Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs
  • Verônica Franciele Seidel Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs https://orcid.org/0000-0001-6643-2154

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2016v17.e34510

Palavras-chave:

Linguagem, Especismo, Objetificação, Libertação animal

Resumo

Os animais não humanos são, usualmente, vistos como coisas/propriedade, de modo que não há uma preocupação em preservar seus direitos. Diante disso, neste estudo, pretendemos discutir, a partir de uma reflexão sobre a linguagem, o modo como a relação entre humanos e não humanos é evidenciada em A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Essa obra representa um sistema ético em que todos os animais possuem igual valor; contudo, também estabelece uma aproximação entre humanos e não humanos no momento em que estes adotam o mesmo sistema de opressão outrora instaurado por aqueles, servindo de inspiração para repensar tais relações.

 

Biografia do Autor

Charlies Uilian de Campos Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs

Doutorando no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -  Ufrgs

Verônica Franciele Seidel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs

Mestre em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs

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Publicado

2016-06-05

Como Citar

Silva, C. U. de C., & Seidel, V. F. (2016). A revolução dos bichos não humanos: uma análise animalesca e abolicionista. Estação Literária, 17, 40–61. https://doi.org/10.5433/el.2016v17.e34510

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático