Poe, Baudelaire, Huysmans: Dândis e malditos

Autores

  • Ana Luiza Silva Camarani Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"- Unesp
  • Luciana Moura Colucci de Camargo Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2013v12.e26051

Palavras-chave:

Literatura comparada, Decadentismo, Dândi

Resumo

Poe, Baudelaire e Huysmans, vozes que desorientam os leitores devido ao ímpeto literário iconoclasta, souberam incomodar a sociedade e a tradição tornando-se arquétipos do poèt maudit. Excêntricos, esses poetas, vivendo exilados e à margem da malograda sociedade burguesa com suas regras morais, anseiam algo além do que o mundo então oferecia; assim, voltam-se para as regiões misteriosas do obscuro, da sordidez e do satânico, tornando-se, por fim, os poetas do abismo. Ao mesmo tempo malditos e estetas, aspiram a ser sublimes e consideram o dandismo como o último raio de luz das decadências: é o que este artigo pretende discutir.

Biografia do Autor

Ana Luiza Silva Camarani, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"- Unesp

Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"- Unesp

Luciana Moura Colucci de Camargo, Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Doutora el Letras pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

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Publicado

2013-11-24

Como Citar

Camarani, A. L. S., & Camargo, L. M. C. de. (2013). Poe, Baudelaire, Huysmans: Dândis e malditos. Estação Literária, 12, 22–32. https://doi.org/10.5433/el.2013v12.e26051

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático