Caroço de dendê (1997), de Beata de Yemonjá - a memória e identidade negra através das divindades iorubás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2011v8.e25622

Palavras-chave:

Candomblé, Literatura afrobrasileira, Identidade negra, Memória

Resumo

Todo um legado afro-negro foi, no Brasil, preservados na forma do maior representante da religiosidade africana: o Candomblé. Perpetuado pelos rituais, pelas músicas, pelas folhas, pela língua, pelos aspectos trazidos de vários lugares de África e apresentadas na literatura afro sobre um foco – a religião de matriz africana. Neste sentido, analisar-se-á a expressão literária de Mãe Beata de Yemonjá, sacerdotisa de candomblé. Observar-se-á, nas suas narrações, que os mitos da tradição e a memória coletiva são delineadores do seu estilo de construção literária, e que a valorização do culto aos deuses iorubás, os orixás, é fundamental para a preservação da identidade e herança negra.

Biografia do Autor

Silvio Ruiz Paradiso, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutorando em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Londrina - UEL

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Publicado

2011-02-22

Como Citar

Paradiso, S. R. (2011). Caroço de dendê (1997), de Beata de Yemonjá - a memória e identidade negra através das divindades iorubás. Estação Literária, 8(1Supl.), 25–33. https://doi.org/10.5433/el.2011v8.e25622

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático