Desenvolvimento visomotor e uso de jogos eletrônicos em crianças do ensino fundamental
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2010v1n2p202Palavras-chave:
desenvolvimento visomotor, jogos eletrônicos, ensino fundamentalResumo
Este estudo investiga as possíveis relações entre a maturidade percepto-motora e o uso de jogos eletrônicos, assim como possíveis diferenças entre as variáveis sexo e idade. Participaram 148 crianças do ensino fundamental, de uma instituição pública do interior do Estado de São Paulo, sendo 54,1% do sexo masculino e 45,9% do sexo feminino. Os estudantes frequentavam da 2ª a 4ª série. Foram aplicados de forma coletiva, o Teste de Bender (B-SPG) e um questionário para avaliar os padrões de uso dos jogos eletrônicos. Os resultados indicaram que os meninos utilizavam mais tempo nos jogos eletrônicos. Houve correlações positivas entre a utilização dos jogos e as pontuações no teste Bender, indicando que as crianças que mais jogavam podiam ter maiores dificuldades visomotoras. Não foram encontradas diferenças significativas para o sexo, já para a idade conforme houve avanço, menor foi a pontuação.Métricas
Referências
Andrade, L., Zavaleta, J., Vaz, F., Lima, C., Araujo, C., & Soares, A. (2003). Jogos Inteligentes são Educacionais? Em 14º Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, NCE, IM/UFJF. Disponível em www.nce.ufrj.br/sbie2003/publicacoes/.pdf. Recuperado em 30 nov. 2010.
Barbosa, A. J. G. (2008). Questionário sobre padrões de uso de jogos eletrônicos. Relatório técnico. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora.
Bartholomeu, D., Rueda, F. J. M., & Sisto, F. F. (2005). Teste de Bender e dificuldades de aprendizagem: quão válido é o sistema Koppitz? Avaliação Psicológica, 5(1), 13-22.
Bender, L. (1955). Test Gestáltico Visomotor. Buenos Aires: Editorial Paidós.
Bomtempo, E., Hussein, L. H., & Zamberlan, M. A. T. (1986). Psicologia do brinquedo: Aspectos teóricos e metodológicos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
Brougère, G. (2004). Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez.
Buturi Neto, S. T. (2001). A importância do brincar para o desenvolvimento infantil. Monografia de Especialização, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba/PR.
Cordazzo, S. T. D., & Vieira, M. L. (2008). Caracterização de brincadeiras de crianças em idade escolar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21(3), 365-373.
Durkin, K., & Barber, B. (2002). Not so doomed: Computer game play and positive adolescent development. Journal of Applied Developmental Psychology, 23, 373-392.
Fortim, I. (2006). Alice no país do espelho: o MUD – o jogo e a realidade virtual baseados em textos. Imaginários, 12(12), 171-194.
Greenfield, P. M. (1988). O Desenvolvimento do Raciocínio na Era da Eletrônica. São Paulo: Summus.
Hansen, J., Macarini, S. M., Martins, G. D. F., Wanderlind, F. H., & Vieira, M. L. (2007). O brincar e suas implicações para o desenvolvimento infantil a partir da psicologia evolucionista. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 17(2), 133-143.
Hoff, M. S., & Wechsler, S. M. (2002). A prática de jogos computadorizados em um grupo de adolescentes. Estudos de Psicologia, 19(2), 59-77.
Howes, C., & Matheson, C. C. (1992). Sequences in the development of competent play with peers: social and social pretend play. Developmental Psychology, 28(5), 961-974.
Kishimoto, T. M. (2007). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5. ed. São Paulo: Cortez.
Koppitz, E. M. (1989). O Teste Gestáltico Bender para crianças. Porto Alegre: Artes Médicas.
Martins Filho, A. J. (2010). Olhares investigativos sobre as crianças: o brincar e a produção das culturas infantis. Momento, 19(1), 89-104.
McHale, S. M., Crouter, A. C., & Tucker, C. J. (1999). Family context and gender role socialization in middle childhood: Comparing girls to boys and sisters to brothers. Child Development, 70, 990-1004.
Noronha, A. P. P., Santos, A. A. A., & Sisto, F. F. (2007). Evidências de validade do Bender – Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG). Psicologia: Reflexão e Crítica, 20(2), 335-341.
Oliveira, R. L. (2009). O adolescente e os jogos eletrônicos: padrões de uso e motivos. Monografia de Pós Graduação em Psicologia e Desenvolvimento Humano, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais.
Piaget, J. (1975). O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro, Zahar.
Queiroz, N. L. N., Maciel, D. A., & Branco, A. U. (2006). Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural construtivista. Paidéia, 16(34), 169-179.
Rossetti, C. B., Smarssaro, T. R., & Pessotti, T. L. (2009). Inventário das brincadeiras e jogos de crianças em diferentes municípios do Estado do Espírito Santo. Revista de Psicopedagogia, 26(81), 388-395.
Rossetti, C. B., & Souza, M. T. C. C. (2005). Preferência lúdica de uma amostra de crianças e adolescentes da cidade de Vitória. Psicologia: Teoria e Prática, 7(2), 87-114.
Sisto, F. F., Noronha, A. P. P., & Santos, A. A. A. (2004). Distorção de forma no Teste de Bender: Questionando seu critério de validade. Revista do Departamento de Psicologia da UFF, 16(2), 139-154.
Sisto, F. F., Noronha, A. P. P., & Santos, A. A. A. (2006). Teste Gestáltico Visomotor de Bender – Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG). São Paulo: Vetor Editora.
Suehiro, A. C. B. & Santos, A. A. A. (2005). O Bender e as dificuldades de aprendizagem: estudo de validade de critério. Avaliação Psicológica, 4(1), 23-31.
Suehiro, A. C. B., & Santos, A. A. A. (2006). Evidência de validade de critério do Bender-Sistema de Pontuação Gradual. Interação em Psicologia, 10(2), 217-224.
Tapscott, D. (1999). Geração Digital – A crescente e irreversível ascensão da Geração Net. São Paulo: Makron Books.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Estudos Interdisciplinares em Psicologia, ficando sua reimpressão total ou parcial sujeita a autorização expressa da revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a Estudos Interdisciplinares em Psicologia. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
Este obra está licenciado com uma Licença Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)