“Obrigado por existir”: um estudo psicanalítico acerca do sentimento de gratidão nas relações amorosas

Autores

  • Thassia Souza Emidio Universidade Estadual Paulista " Júlio de Mesquita Filho" - UNESP, Assis https://orcid.org/0000-0002-4353-0912
  • Jussara Aparecida Rodrigues Univ. Estadual Paulista " Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis.

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n2p20

Palavras-chave:

gratidão, relações amorosa, contemporâneo

Resumo

O presente artigo objetiva compreender e investigar os sentidos atribuídos ao sentimento de gratidão por sujeitos que vivenciam a experiência de uma relação amorosa na atualidade. Esse estudo baseia-se numa pesquisa qualitativa que empregou a entrevista semidirigida como instrumento de coleta de dados, visando refletir acerca da presença e do desenvolvimento da gratidão em meio às relações amorosas em que se encontram os sujeitos no contemporâneo. Os resultados expressaram dúvidas e questionamentos, mostrando a gratidão como um sentimento difícil de ser pensado e experienciado, mas que também figura como algo presente e de grande importância na vida e relações desses sujeitos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Thassia Souza Emidio, Universidade Estadual Paulista " Júlio de Mesquita Filho" - UNESP, Assis

Doutorado pela Universidade Estadual Paulista " Júlio de Mesquita Filho" - UNESP- Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Professora Assistente Doutora do Departamento de Psicologia Clínica - UNESP, Assis

Jussara Aparecida Rodrigues, Univ. Estadual Paulista " Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis.

Psicóloga Formada pela Universidade Estadual Paulista " Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis.

Referências

Baudrillard, J. (2007). A sociedade de consumo. Lisboa: Edições 70.

Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Bauman, Z. (2004). Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro, Zahar.

Birman, J. (2006). Arquivos do mal estar e da resistência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Costa, J. F. (1998). Sem fraude nem favor: estudos sobre o amor romântico. Rio de Janeiro: Rocco.

Enriquez, E. (2006) O homem do século XXI: sujeito autônomo ou indivíduo descartável. RAE - Revista Administração de Empresas, 5(1), 10-14. Recuperado em 20 de novembro de 2017 de: http://rae.fgv.br/rae-eletronica/vol5-num1-2006/homem-seculo-xxi-sujeito-autonomo-ou-individuo-descartavel.

Ferreira-Lemos, P. P. (2011). Navegar é fantasiar: relações virtuais e psicanálise. Psico, 42(1), 59-66. Recuperado em 20 de outubro de 2017 de: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/6454.

Figueiredo, L. C., & Minerbo, M. (2006). Pesquisa em psicanálise: algumas idéias e um exemplo. Jornal de Psicanálise, 39(70), 257-278. Recuperado em 10 de novembro de 2017 de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?cript=sci_arttext&pid=S0103-58352006000100017&lng=pt&tlng=pt.

Freud, S. (1996). Sobre o narcisismo: uma introdução. In S. Freud, A história do movimento psicanalítico, artigos sobre a metapsicologia e outros trabalhos (pp. 77-108; Vol. XIV; Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de S. Freud). Rio de Janeiro: Imago (Originalmente publicado em 1914).

Kenberg, O. F. (1995). Psicopatologia das relações amorosas. Porto Alegre: Artes Médicas.

Klein, M. (1996). Amor, culpa e reparação. In Obras completas de Melanie Klein. (Vol. I). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1952).

Klein, M. (1996). Inveja e gratidão. In Obras completas de Melanie Klein. (Vol. III). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1957).

Lasch, C. (1983). A cultura do narcisismo. Rio de Janeiro: Imago.
Lins, R. N. (2012). O livro do amor volume 2: do Iluminismo à Atualidade. Rio de Janeiro: Best Seller.

Lipovetsky, G. (2005). A era do vazio: ensaios sobre o individualismo contemporâneo. São Paulo: Manole.

Oliveira, G. A. R. (2006). Escolhas narcísicas de objeto e relações amorosas na atualidade. Dissertação de Mestrado, Universidade Católica de Goiás, Goiânia.

Ramos, M. (2003). Novas parcerias, novos conflitos. In P. B. Gomes (Org), Vínculos amorosos contemporâneos (pp. 57-75). São Paulo: Callis.

Rossi, C. (2003). Os novos vínculos conjugais: vicissitudes e contradições. In: P. B. Gomes (Org.), Vínculos Amorosos Contemporâneos (pp. 77-108). São Paulo: Callis.

Rodrigues, I. C. (2013). Efeitos da regulação das necessidades psicológicas na manutenção e na satisfação em relações amorosas estáveis. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa, Lisboa.

Roudinesco, E. e Plon, M. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

Rustin, M. (2000). A boa sociedade e o mundo interno. Psicanálise, Política e Cultura. Rio de Janeiro: Imago.

Sá, R. N., Mattar, C. M., & Rodrigues, J. T. (2006). Solidão e relações afetivas na era da técnica. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, 18(2), 111-124. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-80232006000200009

Smeha, L. N., & Oliveira, M. V. (2013). Os relacionamentos amorosos na contemporaneidade sob a ótica dos adultos jovens. Psicologia: Teoria e Prática, 15(2), 33-45. Recuperado em 09 de abril de 2017, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S15166872013000200003&lng=pt&tlng=pt

Zanetti, S. A. S., & Gomes, I. C. (2011). A "fragilização das funções parentais" na família contemporânea: determinantes e consequências. Temas em Psicologia, 19(2), 491-502. Recuperado em 04 de outubro de 2016, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?cript=sci_arttext&pid=S1413-389X2011000200012&lng=pt&tlng=pt.

Zanetti, S. A. S. (2012). A opção por não se vincular amorosamente de maneira compromissada entre as condições de existências contemporâneas e a herança psíquica geracional. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Downloads

Publicado

2019-10-24

Como Citar

Emidio, T. S., & Rodrigues, J. A. (2019). “Obrigado por existir”: um estudo psicanalítico acerca do sentimento de gratidão nas relações amorosas. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 10(2), 20–40. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n2p20

Edição

Seção

Artigos Originais