Escala de Forças e Estilos Parentais: estudo correlacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2017v8n2p02

Palavras-chave:

Psicologia Positiva, Família, Virtudes, Otimismo

Resumo

Esta pesquisa buscou evidências de validade para a Escala de Forças de Caráter (EFC) baseadas na relação com outras variáveis, verificando correlações entre a Escala de Responsividade e Exigência Parental (EREP) e os estilos parentais. Participaram da pesquisa 24 casais (n= 48) pertencentes a uma comunidade religiosa católica do estado de São Paulo. Qualidades que criam conexão com o universo em busca de sentido e as que implicam cuidado com o outro prevaleceram na amostra. As correlações de Pearson significativas entre estilos parentais e forças variaram de 0,32 a 0,64. Curiosidade, Bondade e Gratidão apresentaram correlações com três índices da EREP. A Responsividade apresentou mais relações com as forças do que a Exigência. Como implicações práticas do estudo, tem-se que orientações de pais e de famílias podem ser baseadas na compreensão de clima psicológico-emocional saudável, uma vez que os pais podem contribuir para o desenvolvimento de pontos fortes dos filhos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Ana Paula Porto Noronha, Universidade São Francisco

Doutorado em Psicologia Ciência e Profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professora associada da Universidade São Francisco. 

Helder Henrique Viana Batista, Universidade São Francisco

Graduação em Psicologia pela Universidade São Francisco.  

Referências

Aspinwall, L., & Staudinger, U. M. (2003). A psychology of human strengths: Fundamental questions and future directions for a positive psychology. Washington, DC: American Psychological Association.

Bardagi, M. P. (2002). Os estilos parentais e sua relação com a indecisão profissional, ansiedade e depressão dos filhos adolescentes. (Dissertação de Mestrado). Recuperado de http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2147

Barros, R. M. A., Martín, J. I. G., & Pinto, J. F. V. C. (2010). Investigação e Prática em Psicologia Positiva. Psicologia, Ciência e Profissão, 30(2), 318-327. doi:10.1590/S1414-98932010000200008

Baumrind, D. (2005). Patterns of parental authority and adolescent autonomy. New Directions for Children and Adolescent Development, 108, 61-69. doi:10.1002/cd.128

Brum, L. F. S., Maravieski, S., & Bertim, F. R. S. (2013). Influência do visagismo e da maquiagem na autoestima de adolescentes institucionalizadas. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, 2(2), 11-24.

Calvetti, P. Ü, Muller, M. C., & Nunes, M. L. T. (2007). Psicologia da saúde e Psicologia Positiva: Perspectivas e desafios. Psicologia: Ciência e Profissão, 27(4), 706-717. doi:10.1590/S1414-98932007000400011

Costa, F. T., Teixeira, M. A. P., & Gomes, W. B. (2000). Responsividade e Exigência: Duas Escalas para Avaliar Estilos Parentais. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(3), 465-473. doi:10.1590/S0102-79722000000300014

Cuadra-Peralta, A., Veloso-Besio, C., Puddu-Gallardo, G., Salgado-Garcia, P., & Peralta-Montecinos, J. (2012). Impacto de un programa de psicología positiva en sintomatologia depresiva y satisfaccion vital en adultos mayores. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(4), 644-652. doi:10.1590/S0102-79722012000400003

Darling, N., & Steinberg, L. (1993). Parenting style as context: an integrative model. Psychological Bulletin, 113(3), 487-496. doi:10.1037/0033-2909.113.3.487

Ferreira, A. V., Pinto, M. C., & Félix Neto (2012). Religiosidade e bem-estar em estudantes portugueses, brasileiros, moçambicanos e angolanos. In Leandro S. Almeida , Bento D. Silva, & Amanda Franco (Eds.), Atas do II seminário internacional "Contributos da psicologia em contextos educativos" (pp. 1580-1591).

Garcia, A., & Maciel, M. G. (2008). A influência da religião na busca do futuro cônjuge: um estudo preliminar em comunidades evangélicas. Psicologia: Teoria e Prática, 10(1), 95-112. Recuperado de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193818625008

Hutz, C. S., & Zanon, C. (2011). Revisão da adaptação, validação e normatização da escala de autoestima de Rosenberg. Avaliação Psicológica, 10(1), 41-49. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S1677- 04712011000100005

Justo, A. R., Carvalho, J. C. N., & Kristensen, C. H. (2014). Desenvolvimento da empatia em crianças: a influência dos estilos parentais. Psicologia, Saúde & Doenças, 15(2), 510-523. doi:10.15309/14psd150214

Keyes, C. L. M., & Haidt, J. (2003). Flourishing: Positive psychology and the life well lived. Washington DC: American Psychological Association.

Lamborn, S. D., Mounts, N. S., Steinberg, L., & Dombusch, S. M. (1991). Patterns of Competence and Adjustment among Adolescents from Authoritative, Authoritarian, Indulgent, and Neglectful Families. Child Development 62(5), 1049-1065. doi:10.2307/1131151

Lemos, P. M., & Cavalcante Júnior, F. S. (2009). Psicologia de orientação positiva: uma proposta de intervenção no trabalho com grupos em saúde mental. Ciência e Saúde Coletiva, 14(1), 233-242. doi:10.1590/S1413-81232009000100029

Littman-Ovadia, H., & Steger, M. (2010). Character strengths and well-being among volunteers and employees: Toward an integrative model. The Journal of Positive Psychology Publication, 5(6), 419-430. doi:10.1080/17439760.2010.516765

Maccoby, E., & Martin, J. (1983). Socialization in the context of the family: Parent-child interaction. In E. M. Hetherington (Org.), Handbook of child psychology (pp. 1-101). New York: Wiley.

Marujo, H. A., Miguel Neto, L., & Balancho, L. S. F. (2013). Emergência, desenvolvimento e desafios da Psicologia Positiva: Da experiência subjetiva à mudança social. Estudos Contemporâneos da Subjetividade, 3(2), 180- 201. Recuperado de http://www.uff.br/periodicoshumanas/index.php/ecos/article /view/1269/880

Neto, J., Neto, F., & Furnham, A. (2014). Gender and psychological correlates of self-rated strenghts among youth. Social Indic. Research, 118, 315-327. doi:10.1007/s11205-013-0417-5

Norgren, M. B. P., Souza, R. M., Kaslow, F., Hammerschimidt, H. Sharlin, S. A. (2004). Satisfação conjugal em casamentos de longa duração: uma construção possível. Estudos de Psicologia (Natal), 9(3), 575-584. doi:10.1590/S1413-294X2004000300020

Noronha, A. P. P., & Barbosa, A. J. C. (2013). Escala de Forças e Virtudes. Universidade São Francisco.

Noronha, A. P. P., Cobêro, C., Barros, M. V. C., Campos, R. R. F., & Campos, M. I. (2014). Medidas de afectos em domínios específicos. Universitas Psychologica, 13(2), 15-26. doi:10.11144/Javeriana.UPSY13-3.made

Noronha, A. P. P., Delforno, M. P., & Pinto, L. P. (2014). Afetos positivos e afetos negativos em professores de diferentes níveis de ensino. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 18(2), 211-218. doi:10.1590/ 2175-3539/2014/0182733

Noronha, A. P. P., & Mansão, C. S. M. (2012). Interesses profissionais e afetos positivos e negativos: Estudo exploratório com estudantes de ensino médio. Psico-USF, 17(2), 323- 331. doi:/10.1590/S1413-82712012000200016

Pacheco, J. T. B., Teixeira, M. A. P., & Gomes, W. B. (1999). Estilos Parentais e Desenvolvimento de Habilidades Sociais na Infância. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 15(2), 117-126. doi:10.1590/S0102-37721999000200004

Park, N., & Peterson, C. (2006). Moral competence and character strengths among adolescents: The development and validation of the values in action inventory of strengths for youth. Journal of Adolescence, 29(6), 891–909. doi:10.1016/j.adolescence.2006.04.011

Peterson, C., & Park, N. (2006). Classification and Measurement of Character Strengths: implications for practice. In P. A. Linley & S. Joseph (Eds.), Positive Psychology in Practice (pp. 433-446). Hoboken, NJ: Wiley.

Peterson, C., & Seligman, M. E. P. (2002). Values in action (VIA) classification of strengths. Values in Action Institute. Recuperado de http://www.ppc.sas.upenn.edu/viamanualintro.pdf.

Peterson, C., & Seligman, M. E. P. (2004). Character strengths and virtues: a handbook and classification. Washington, DC: American Psychological Association.

Pires, J. G., Nunes, M. F. O., & Nunes, C. H. S. S. (2015). Instrumentos Baseados em Psicologia Positiva no Brasil: uma Revisão Sistemática. Psico-USF, 20(2), 287-295. doi:10.1590/1413-82712015200209

Portugal, A., & Isabel, A. M. (2013). A comunicação parento-filial: Estudo das dimensões comunicacionais realçadas por progenitores e por filhos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26(3), 479-487. doi:10.1590/S0102-79722013000300007

Poseck, B. V. (2006). Acercarse a la Psicología Positiva a través de una bibliografía comentada. Clínica y Salud, 17(3), 259-276. Recuperado de http://scielo.isciii.es/pdf/clinsa/v17n3/v17n3a04.pdf

Prati, L. E. & Koller, S. H. (2011). Relacionamento conjugal e transição para a coparentalidade: Perspectiva da Psicologia Positiva. Psicologia Clínica, 23(1), 103-118. doi:10.1590/S0103-56652011000100007

Ramos, M. M. & Canavarro, M. C. (2007). Adaptação parental ao nascimento de um filho: Comparação da reactividade emocional e psicossintomatologia entre pais e mães nos primeiros dias após o parto e oito meses após o parto. Análise Psicológica, 3(25), 399-413. Recuperado de http://repositorio.ispa.pt/handle/10400.12/109

Reppold, C. T., Pacheco, J., Bardagi, M., & Hutz, C. S. (2002). Prevenção de problemas de comportamento e desenvolvimento de competências psicossociais em crianças adolescentes: uma análise das práticas educativas e dos estilos parentais. In C. S. Hutz (org.), Situações de risco e vulnerabilidade na infância e adolescência: Aspectos teóricos e estratégias de intervenção (pp. 7-51). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Schölsser, A. (2014). Interface entre saúde mental e relacionamento amoroso: um olhar a partir da Psicologia Positiva. Pensando Famílias, 18(2), 17-33. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1679-494X2014000200003

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2010a). Satisfação Conjugal: revisão integrativa da literatura científica nacional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(3), 525-531. doi:10.1590/S0102-37722010000300015

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2010b). Psicologia Positiva e os Instrumentos de Avaliação no Contexto Brasileiro. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(3), 440- 448. doi:10.1590/S0102-79722010000300004

Seligman, M. E. (1995). The optimistic child: a proven program to safeguard children against depression and build lifelong resilience. New Yorker: Harper Perennial.

Seligman, M. E. (1998, January). Building human strength: Psychology’s forgotten mission. American Psychologist Association Monitor. Recuperado de http://nonopp.com/ar/Psicologia/00/pres.htm

Seligman, M. E. & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive Psychology: an introduction. American Psychologist Association, 55(1), 5-14. doi:10.1037/0003-066X.55.1.5

Seligman, M. E. P. (2003). Positive psychology: Fundamental assumptions. The Psychologist, 16(3), 126-127.

Seligman, M. E. P. (2004). Felicidade autêntica: Usando a nova Psicologia Positiva para a realização permanente. Rio de Janeiro, RJ: Objetiva.

Sheldon, K. M., & Lyubomirsky, S. (2004). Achieving sustainable new happiness: Prospects, practices, and prescripitions. In P. A. Limey, & S. Joseph (Eds.), Positive Psychology in Practice (pp. 127-145). Hoboken, N.J.: Whey.

Silva, R. A., Horta, B. L., Pontes, L. M., Faria, A. D., Souza, L. D. M., ..., & Pinheiro, R. T. (2007). Bem-estar psicológico e adolescência: Fatores associados. Cadernos de Saúde Pública, 23(5). doi:10.1590/S0102-311X2007000500013

Snyder, C. R., & Lopez, S. J. (2009). Psicologia Positiva: uma abordagem científica e prática das qualidades humanas. Porto Alegre: ArtMed.

Sposito, G., Diogo, M. J. D., Cintra, F. A., Neri, A. L., Guariento, M. E., & Sousa, M. L. R. (2010). Relações entre bem-estar subjetivo e mobilidade e independência funcional por função de grupos de faixas etárias e gêneros em idosos. Acta Fisiátrica, 17(3), 103-108. Recuperado de http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=44

Teixeira, M. A. P., Bardagi, M. P. & Gomes, W. B. (2004). Refinamento de um instrumento para avaliar responsividade e exigência parental percebidas na adolescência. Avaliação Psicológica, 3(1), 1-12. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712004000100001

Teixeira, M. A. P. & Lopes, F. M. M. (2005). Relações entre estilos parentais e valores humanos: um estudo exploratório com estudantes universitários. Aletheia, 22, 51-62. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942005000200005

Weber, L. N. D., Brandenburg, O. J., & Viezzer, A. P. (2003). A relação entre o estilo parental e o otimismo da criança. Psico-USF, 8(1), 71-79. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/pusf/v8n1/v8n1a10.pdf

Yunes, M. A. M. (2003). Psicologia Positiva e resiliência: o foco no indivíduo e na família. Psicologia em Estudo, 8, 75-84. doi:10.1590/S1413-73722003000300010

Downloads

Publicado

2017-09-13

Como Citar

Noronha, A. P. P., & Batista, H. H. V. (2017). Escala de Forças e Estilos Parentais: estudo correlacional. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 8(2), 02–19. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2017v8n2p02

Edição

Seção

Artigos Originais