A utilização dos mapas afetivos como possibilidade de leitura do território no CRAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2016v7n1p145

Palavras-chave:

práticas de psicologia, territorialização, afeto

Resumo

Baseados em pesquisas e em nossa experiência profissional, nos sentimos impelidos a buscar caminhos para o trabalho no CRAS, no processo de territorialização. Nossa proposta visa superar a mera divisão do território e identificação de equipamentos e beneficiários dos programas de transferência de renda, a partir da discussão de metodologias que envolvam profissionais e usuários, embasadas no compromisso ético-político com a comunidade. Assim, encontramos na Psicologia Ambiental estratégias pertinentes a esta empreitada. Objetivamos neste artigo apresentar o Instrumento Gerador dos Mapas Afetivos como método capaz de auxiliar o psicólogo do CRAS, no processo de territorialização. No CRAS, os Mapas Afetivos proporcionam um desenho do território em sua integralidade, visibilizando a relação usuário-ambiente, a partir dos modos como os sujeitos comunitários implicam-se com seu lugar de moradia. 

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Biografia do Autor

Diego Menezes Augusto, Universidade Federal do Ceará

Mestrando em Psicologia no Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Ceará. Psicólogo do município de Mossoró-RN.

Maria Zelfa de Souza Feitosa, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em Psicologia no Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Ceará.

Zulmira Áurea Cruz Bomfim, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Psicologia. Professora de graduação e pós-graduação (Mestrado e Doutorado) na Universidade Federal do Ceará.

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Publicado

2016-07-07

Como Citar

Augusto, D. M., Feitosa, M. Z. de S., & Bomfim, Z. Áurea C. (2016). A utilização dos mapas afetivos como possibilidade de leitura do território no CRAS. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 7(1), 145–158. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2016v7n1p145

Edição

Seção

Relato de Experiência/Prática Profissional