A subjetividade do cidadão brasileiro: Tessituras entre psicanálise, história e democracia

Autores

  • Luciara Gervasio Itaqui Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Silvio A. Lopes Iensen Centro Universitário Franciscano

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2014v5n1p64

Palavras-chave:

psicanálise, democracia, história

Resumo

O artigo pretende problematizar criticamente aspectos referentes à subjetividade no espaço social a partir do jargão “jeitinho brasileiro”. Para tanto, busca-se compreender as relações entre o desamparo constitutivo do sujeito, a função fraterna e a democracia no Brasil, ao elucidar como se configura a subjetividade do cidadão brasileiro e seus desdobramentos no espaço social. A pesquisa realiza uma revisão narrativa de autores clássicos e contemporâneos da Psicanálise, do Direito e da História. Entende-se que em situações atuais de desamparo o sujeito reduz seus semelhantes a simples objetos visando ao próprio gozo, colocando a alteridade entre parênteses, fato que prejudica a efetivação de qualquer projeto democrático. Constata-se como consequência um mal estar generalizado no espaço social brasileiro, pois o sujeito percebe no “jeitinho brasileiro” uma via possível de descarga pulsional.

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Biografia do Autor

Luciara Gervasio Itaqui, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Silvio A. Lopes Iensen, Centro Universitário Franciscano

Doutor em Psicologia pela PUCRS. Professor Adjuntos do Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS, Brasil

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Publicado

2014-06-15

Como Citar

Itaqui, L. G., & Iensen, S. A. L. (2014). A subjetividade do cidadão brasileiro: Tessituras entre psicanálise, história e democracia. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 5(1), 64–79. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2014v5n1p64

Edição

Seção

Artigos Originais