Branca de Neve e o homem letrado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-7939.2020v5n1p201

Palavras-chave:

Literatura infantil, Conto de fadas, Homem letrado.

Resumo

Contos de Fadas, chamados também de Histórias Fantásticas ou Contos Mágicos, são narrativas que fazem parte do literário folclórico, propagadas através de gerações. Além de expressarem a cultura de um povo e de uma época sua propagação é fundamental para o desenvolvimento coletivo e social dos homens. Este trabalho visa analisar como a cultura do homem letrado produz compreensões diversas a partir da obra literária Branca de Neve, escrita pelos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm. Para tanto, foi utilizada a versão brasileira que consta no livro Contos de Grimm, traduzido por Heloísa Jahn e publicado em 1996 pela editora Companhia das Letrinhas. No decorrer da análise são demonstradas três configurações de olhares para uma obra escrita: seus aspectos gráficos, a relação intersemiótica entre o texto e a ilustração, e sua intertextualidade. Cada uma destas análises, por elas mesmas, indicou diferentes graus de apropriações da cultura literária. Por meio de uma pesquisa documental baseada especialmente nas análises psicanalíticas de Bettelheim, procuramos desvendar como o contato com as produções escritas, acadêmicas ou literárias do referido autor, pode dar ao conto uma interpretação única e singular em relação à madrasta, à enteada e suas disputas, como também colocar em discussão o entendimento do conceito de homem letrado.

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Biografia do Autor

Adriana Pastorello Buim Arena, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista. Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia.

Juliana Chieregato Pedro, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia.

Referências

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Publicado

15-07-2020

Como Citar

ARENA, A. P. B.; PEDRO, J. C. Branca de Neve e o homem letrado. Educação em Análise, Londrina, v. 5, n. 1, p. 201–218, 2020. DOI: 10.5433/1984-7939.2020v5n1p201. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/40156. Acesso em: 18 abr. 2024.

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