Iconografias sarcásticas na imprensa feminista brasileira: mulherio e chanacomchana (1981-1985)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2017v11n21p67

Palavras-chave:

Feminismo, Imprensa, Humor gráfico

Resumo

Durante a primeira metade da década de 1980, a imprensa feminista incorporou a categoria de gênero e a crítica à heteronormatividade ampliando as demandas e as discussões do movimento. Tomando como fontes charges, cartuns e outras formas de humor gráfico publicados nos periódicos brasileiros Mulherio e Chanacomchana, entre os anos de 1981 e 1985, analisamos como a imprensa feminista questionou e refletiu sobre as assimetrias de gênero e os discursos biologizantes que naturalizavam identidades e papéis culturalmente atribuídos às mulheres.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Júlia Glaciela da Silva Oliveira, Universidade de São Paulo

Doutoranda  no  Programa  de  História  Social  da  Faculdade  de  Filosofia,  Letras  e  Ciências  Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP).

Referências

ALVAREZ, Sonia. Politizando as relações de gênero e engendrando a democracia. In: STEPAN, A. (Org.) Democratizando o Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

BORGES, Adélia. Jornal Mulherio. In: Projeto Mulher. Mulheres em Movimento. Rio de Janeiro: Editora Marco Zero; Instituto de Ação Cultural, 1983.

BUTLER, Judith. Cuerpos que importan: sobre os limites materiales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires: Paidos, 2002.

CARDOSO, Elizabeth. Imprensa Feminista pós-1974. 2004. Dissertação (estrado em Comunicação) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

COSTA, Albertina. Revista Estudos Feministas: primeira fase, locação Rio de Janeiro. Revista Estudos Feministas, v. 12, n. especial, Florianópolis, set./dez. 2004.

CRÊSCENCIO, Cintia. É para rir ou para chorar? O riso feminista brasileiro em tempos de ditadura (1970-1980). História, Histórias. Brasília, v. 4, n. 7, 2016.

CRÊSCENCIO, Cintia. O Riso Feminista na Imprensa Alternativa. In: Anais Eletrônicos do Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos. Florianópolis, 2013.

DAVIES, Christie. Cartuns, caricaturas e piadas: roteiros e estereótipos. In: LUTOSA, Isabel (Org.) Imprensa, humor e caricatura: a questão dos estereótipos culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

DAVIS, Angela. Mulher, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

DELIGNE, Alain. De que maneira o riso pode ser subversivo? In: LUTOSA, Isabel (Org.) Imprensa, humor e caricatura: a questão dos estereótipos culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

FRIEDAN, Betty. A Mística Feminina. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.

GAWRYSZEWSKY, Alberto. Conceito de caricatura: não tem graça nenhuma. Domínios da Imagem, Londrina, Ano 1, n.2, 2008.

HUNT, Tamara. Desumanizando o outro: a imagem do “oriental” na caricatura inglesa (1750-1850). In: LUTOSA, Isabel (Org.) Imprensa, humor e caricatura: a questão dos estereótipos culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

LESSA, Patrícia. Visibilidade e Ação Lesbiana na década de 1980: uma análise a partir do Grupo de Ação Lésbico-Feminista e do boletim Chanacomchana. Gênero, Niterói, v. 8, n. 2, 2008.

MACRAE, Edward. A construção da Igualdade: Identidade Sexual e Política no Brasil da “Abertura”. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990.
MITCHELL, Juliet. Mulheres: a revolução mais longa. Tradução de Rodolfo Konder. Gênero, Niterói, v. 6, n. 2, v. 7, n. 1, 2006.

MORAES, M. L. Q. Família e feminismo: reflexões sobre papeis femininos na imprensa para mulheres. 1981. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1981.

NYE, Andrea. Teoria Feminista e as Filosofias do Homem. Tradução Nathanael Caixeiro. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos, 1995.

OLIVEIRA, Júlia G. S. Artvismo urbano: as novas figurações políticas dos feminismos latino-americanos. Domínios da Imagem, Londrina, v. 9, n. 17, p. 196-217, jan./jun. 2015.

RICH, Adrienne. Compulsory Heterosexuality and Lesbian Existence. Signs, v. 5, n. 4, Summer, 1980.

SOIETH, Rachel. Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários. Revista Estudos Feministas, n. 13, 320, Florianópolis, set/dez. 2005.

SELEM, Maria Célia O. A Liga Brasileira de Lésbicas: produção de sentidos na construção do sujeito político lésbica. 2007. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Brasília, UNB, Brasília, 2007.

TELES, Maria Amélia. Breve História do Feminismo. São Paulo: Brasiliense, 1993.

TELES, Maria Amélia, LEITE, Rosalina S.C. Da Guerrilha à imprensa feminista: a construção do feminismo pós-luta armada no Brasil (1975-1980). São Paulo: Intermeios, 2013.

RAMOS, Paulo. Histórias em quadrinhos: gênero ou hipergênero? Estudos Linguísticos, São Paulo, n. 38, 2009.

RIANI, Camilo. “Tá rindo de quê?” Um mergulho nos salões de humor de Piracicaba. Piracicaba: UNIMEP, 2002.

WOLLF, Virginia. Um teto todo seu. 2. ed. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1985.

Downloads

Publicado

2017-12-30

Como Citar

Oliveira, J. G. da S. (2017). Iconografias sarcásticas na imprensa feminista brasileira: mulherio e chanacomchana (1981-1985). Domínios Da Imagem, 11(21), 67–92. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2017v11n21p67

Edição

Seção

Artigos do dossiê