Cinema e cineclubismo como processos de significação pessoal

Autores

  • Veruska Anacirema Santos da Silva Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2009v3n4p137

Palavras-chave:

Cinema, Cineclubismo, Processos de significação

Resumo

O propósito desse texto é refletir sobre as possibilidades de significação social entretidas nas práticas sociais do cinema e na legitimação desse domínio como um lugar de saberes e
fazeres. Destaco o cineclubismo como uma das práticas de imputação de sentido, que participa da estruturação de formas de ver e entender o mundo, com efeitos nas intenções e objetivações humanas. Como principal exemplo, tomo o Clube de Cinema da Bahia, fundado em 1950, que atuou na formação cultural de uma geração, incluindo nomes como o do cineasta Glauber Rocha. Para tanto, busco apoio no conceito sociosemiótico de cultura de Nestor García Canclini com suas teorizações a respeito dos processos de significação e dos atravessamentos simbólicos tecidos nas experiências culturais.

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Biografia do Autor

Veruska Anacirema Santos da Silva, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Mestranda em Memória: Linguagem e Sociedade – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

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Publicado

2014-07-31

Como Citar

Silva, V. A. S. da. (2014). Cinema e cineclubismo como processos de significação pessoal. Domínios Da Imagem, 3(4), 137–148. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2009v3n4p137

Edição

Seção

Artigos gerais