v. 15 n. 29 (2020): Materiais Orais: documentação, processamento e análise.

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Os materiais orais podem ser definidos como “ todas aquelas produções de discurso que geram atos comunicativos em que estão presentes o emissor e o receptor em um mesmo espaço-tempo e as quais tem como suporte a voz, o corpo e a memória. O significado  destes materiais de natureza efêmera depende não só das emissões linguísticas, mas também da interação entre o verbal, o não-verbal e os fatores contextuais” (www.lanmo.unam.mx).  Muitas áreas do conhecimento tem utilizado esta fonte complexa de informação como matéria prima para suas investigações. Em nossas conversas cotidianas, no que contamos, no que cantamos e na maneira pela qual fazemos estão codificadas as chaves culturais para entender dinâmicas sociais, formas de comunicação, estruturas de pensamento, conformação de saberes locais, práticas tradicionais, manifestações artísticas e, inclusive, uma boa parte do modo como percebemos o mundo, a partir de uma perspectiva cientifica. Devido à sua natureza efêmera e dispersa, as investigações que os utilizam sempre enfrentaram limitações importantes para seu registro e manuseio. 

Assim, o número 29 da Revista Boitatá  receberá artigos que abordem formas  metodológicas de tratamento de materiais orais em sua documentação, processamento ou análise.  Textos que tratem sobre o processo de gestão e registro de informação no trabalho de campo, sistematização e resguardo de materiais orais, apresentação de repositórios,  catálogos e coleções de materiais orais, assim como modelos analíticos que procurem explicar uma realidade a partir destes, também serão objeto de interesse desta publicação .

 

Palavras-chave:  Processamento de materiais orais; sistematização; registro; análise

Los materiales orales pueden ser definidos como “todas aquellas producciones de discurso que se generan en actos comunicativos en los que están presentes el emisor y el receptor en un mismo tiempo-espacio y que tienen como soporte la voz, el cuerpo y la memoria. El significado de estos materiales de naturaleza efímera depende no sólo de las emisiones lingüísticas, sino también de la interacción entre lo verbal, lo no verbal y los factores contextuales” (www.lanmo.unam.mx). Muchas áreas del conocimiento han utilizado materiales orales, esta fuente complejísima de información, como materia prima para sus investigaciones: en nuestras conversaciones cotidianas, en lo que contamos, en lo que cantamos y en la manera en la que lo hacemos están codificadas las claves culturales para entender dinámicas sociales, formas de comunicación, estructuras de pensamiento, conformación de saberes locales, prácticas tradicionales, manifestaciones artísticas, e incluso una buena parte de la manera en la que percibimos el mundo desde la perspectiva científica. Debido a su naturaleza efímera y dispersa, las investigaciones que los utilizan han enfrentado siempre limitaciones importantes para su registro y manejo.

En esta ocasión la revista Boitatá recibirá artículos que aborden formas metodológicas de tratamiento de materiales orales en su documentación, procesamiento o análisis. Se recibirán artículos que traten sobre el proceso de gestión y registro de información en trabajo de campo, sobre formas de ordenamiento, sistematización y resguardo de materiales orales, presentación de repositorios, catálogos y colecciones de materiales orales, así como modelos analíticos que intenten explicar una realidad a partir de los materiales orales.

 

Palabras- clave: processamiento de materiales orales; sistemazación; registro; análisis.

Publicado: 2020-06-05

Edição completa

Editorial

  • Apresentação

    Berenice Araceli Granados Vázquez, Mauren Pavão Przybylski da Hora Vidal, Marline Araujo Santos
    6-10

Dossiê

  • A pedagogia artesã de Maragogipinho: experiências de autoria poética

    Joseane Costa Santana, Cynthia de Cássia Santos Barra
    12-30
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e40151
  • El Laboratorio Nacional de Materiales Orales, conceptos, antecedentes, código de ética y protocolo de documentación

    Santiago Cortés Hernández, Berenice Araceli Granados Vázquez
    31-55
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e40182
  • Da oralidade à voz hipermédia

    Jennifer Paola Pisso Concha, Mauren Pavão Przybylski da Hora Vidal
    56-73
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e40150

Seção Livre

  • A história do "Buraco Fundo" contada por diferentes gerações da cidade de Restinga Seca, RS

    Emanuelle Tronco Bueno, Sylvie Dion
    75-92
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e40115
  • A romaria no Círio de Nazaré: interação social, reciprocidade e um olhar etnográfico sobre a peregrinação

    Luiz dos Santos Guilherme, Danieli dos Santos Pimentel
    93-107
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e41014
  • As representações da literatura oral nas esculturas de Mestre Nêgo

    Carolina Reichert do Nascimento, Rafael Sancho Carvalho da Silva
    108-122
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e40149
  • Por campos da Península Ibérica e do sertão tocantinense, cavaleiros e jagunços tecem narrativas

    Maria de Fátima Rocha Medina
    123-136
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e39699
  • “Quelle est votre tribu?” Identidade, diferença e modernização na República Democrática do Congo

    Ari Lima Lima
    137-159
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e39718
  • Refletindo sobre as articulações da literatura e cultura popular presentes na tradição oral caxiense: a lenda da Veneza como viés de abordagem

    Odilene Silva do Nascimento Almeida, Algemira de Macêdo Mendes
    160-171
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e39419
  • Voz e gesto na actio retórica

    Manuel Francisco Ramos
    172-186
    DOI: https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e40787