Tamo junto, favela! a arte periférica como um método educacional

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DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2021v16.e40999

Palavras-chave:

Periferia, Linguagem, Arte, Política, Educação

Resumo

Neste trabalho, apresentamos alguns resultados de uma pesquisa realizada no Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos (Centro LexTerm) da Universidade de Brasília. Também divulgamos alguns relatos de experimentações vivenciadas em instituições educacionais e em casas de cultura do Distrito Federal. A primeira prática trata de uma experiência educacional e é de caráter mais científico-especulativo; a segunda envolve, fundamentalmente, a poesia e a performance. Nosso objetivo é, a partir da estética artística das periferias, verificar estratégias eficazes que buscam resgatar uma população marginalizada e em condição de vulnerabilidade, além de tornar acessíveis conteúdos fundamentais em busca de conscientização e justiça social. Dessa forma, constatamos que, mesmo em condição de subalternidade, o povo periférico não é passivo, uma vez que rejeita os saberes do opressor, assim como resgata e forja saberes próprios. Pelo exposto, podemos observar a importância de trabalhar a arte com narrativas e linguagem que contemplem a realidade de fala periféricas.

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Biografia do Autor

Ana Carolina de Souza Silva, Universidade de Brasília - Unb

Doutoranda na Universidade de Brasília

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Publicado

2021-02-04

Como Citar

Silva, A. C. de S. (2021). Tamo junto, favela! a arte periférica como um método educacional. Boitatá, 16(31), 60–70. https://doi.org/10.5433/boitata.2021v16.e40999