Malandro folclórico: um produto singular ou uma mercadoria recuperada?
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31696Palavras-chave:
Malandro, Folclorização, Desterritorialização, CulturaResumo
Este artigo pretende investigar por que o governo ditatorial do presidente Vargas promoveu a folclorização do malandro folclórico, dando fomento para divulgação e circulação da sua produção musical na época do Estado Novo; e não deu importância à produção da literatura negra desenvolvida pelo escritor negro nesta mesma época, o mesmo acontecendo no regime de 1964. Este trabalho objetivou também questionar esses dois indivíduos quanto à postura política, cultural, social, racial e étnica dentro dos Estados totalitários (Estado Novo e ditadura militar) e comparar essas duas realidades, no que concerne à divulgação, circulação e recepção das suas obras. Tomou-se como aporte teórico para a investigação de ambos a cultura dentro das concepções desenvolvidas por Thompson, Clifford, Guattari e Culler. Conclui-se dessa investigação que a visibilidade do malandro folclórico foi maior, porque a cultura popular da qual ele era protagonista foi facilmente transformada em cultura de massa.
Métricas
Referências
BEAUDRILLARD, Jean. A transparência do mal. Tradução de Estela dos Santos Abreu. São Paulo: Papirus, 1990.
CULLER, Jonathan. Teoria Literária: uma introdução. Tradução de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Ed. Beca Produções Culturais Ltda., 1999.
GEERTZ, Clifford. Descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. Tradução de Fanny Wrobel. In: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1989.
GUATTARI, Félix. La revolution moléculaire: Revolucão Molecular: pulsações políticas do desejo. Tradução de Sueli Rolnik. São Paulo: Editora Brasiliense, 1977.
GUATTARI, Félixe e ROLNIK, Sueli. Cartografias do desejo. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
HANCHARD, Michael George. Orfeu e o poder: o movimento negro no Rio de Janeiro e São Paulo (1945-1988). Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2001.
FERREIRA, Elio; MENDES, Algemira de Macedo (Org.).Literatura afrodescendente: memória e construção de identidades. São Paulo: Ed. Quilombohoje, 2011.
MATOS, Claudia Neiva de. Acertei no milhar: malandragem e samba no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1995.
SOUZA, Florentina da Silva. Afro-descendência em Cadernos Negros e Jornal do MNU. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Boitatá esta licenciada com CC BY sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.