O lugar do portunhol selvagem em uma história do conhecimento linguístico

Autores

  • Gabriela Souto Alves Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2016v11.e31280

Palavras-chave:

Portunhol selvagem, História do conhecimento linguístico, Resistência, Douglas Diegues.

Resumo

Este trabalho inscreve-se em uma perspectiva que visa se afastar da ideia de universalização/totalidade em relação ao conhecimento linguístico, localizando um objeto de pesquisa e oportunizando a ele um caminho metodológico. O objeto desta discussão científica é o portunhol selvagem como manifestação artística de resistência e movimento cultural, de modo que o conceito de língua mobilizado não se dará em relação a um sistema normativo e estrutural; mas quanto à esfera do materialismo histórico e da Análise de Discurso, que tem em sua concepção o fato de as línguas serem também processos sociais, as quais se estabelecem discursivamente pela sua relação com a história no processo de constituição dos sujeitos e dos sentidos. O fato de o portunhol selvagem ser escrito pelo viés de resistência artístico-literária é a questão teórica desenvolvida. A partir disso, a questão metodológica é a análise de um corpus que envolve discursos sobre este movimento cultural, oriundos do poeta Douglas Diegues. Com isso, objetiva-se reconhecer aspectos de defesa desta língua e do caráter artístico-literário da resistência discursiva.

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Biografia do Autor

Gabriela Souto Alves, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em Estudos Linguísticos na Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2016-10-11

Como Citar

Alves, G. S. (2016). O lugar do portunhol selvagem em uma história do conhecimento linguístico. Boitatá, 11(22), 105–117. https://doi.org/10.5433/boitata.2016v11.e31280

Edição

Seção

Dossiê