Efigênia Rolim: a narradora trapeira

Autores

  • Nathany Andrea Wagenheimer Belmaia Universidade Estadual de Londrina
  • Marta Dantas Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2007v2.e30885

Palavras-chave:

Velhice, Narrador, Experiência, Efigênia Rolim

Resumo

Efigênia Ramos Rolim é uma artista de setenta e sete anos que, vestida com trajes especiais e manipulando objetos e personagens, todos feitos de papéis de bala, plástico e outras sucatas, elaborados por ela mesma, conta estórias. A partir da sua história de vida e da sua produção, abordamos os problemas concernentes à decadência da narração oral e a sua relação com a desvalorização da experiência e da velhice. Para tanto, tomamos como base as reflexões de Walter Benjamin sobre o desaparecimento do narrador tradicional e sobre a crise da experiência, e apontamos para a sua relação com a desvalorização do velho na contemporaneidade. Por fim, tentamos mostrar que Efigênia é um caso de exceção, pois contrariando os estereótipos da velhice, sua criação e suas estórias apontam para a transformação do narrador tradicional em um tipo menos triunfante, o narrador trapeiro.

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Biografia do Autor

Nathany Andrea Wagenheimer Belmaia, Universidade Estadual de Londrina

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina

Marta Dantas, Universidade Estadual de Londrina

Professora Doutora do Departamento de Arte Visual da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2017-09-27

Como Citar

Belmaia, N. A. W., & Dantas, M. (2017). Efigênia Rolim: a narradora trapeira. Boitatá, 2(4), 18–34. https://doi.org/10.5433/boitata.2007v2.e30885

Edição

Seção

Dossiê