Os caminhos de rastilho: expressões da literatura oral na fronteira Sul-Riograndense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e30685

Palavras-chave:

Narrativas orais, Fronteira, Rastilho.

Resumo

Por compreender o imaginário fronteiriço como matéria relevante tanto no que tange ao patrimônio cultural, quanto do ponto de vista acadêmico, este artigo, produzido a partir das coletas realizadas no projeto “Oralidade e fronteira”, debruça-se sobre as cidades de Jaguarão e Rio Branco como espaços socioculturais abundantes de narrativas orais. É a partir dessa perspectiva que tomamos como matéria de investigação o discurso e a representação de mundo dos habitantes das referidas cidades, sobretudo em suas manifestações orais de teor literário. Nas coletas realizadas pelos integrantes do projeto, por vezes, surgem personagens bastante peculiares, cuja história ou ficcionalização da vida trazem elementos passíveis de traduzir e evidenciar a vivência do fronteiriço. Para tanto, analisamos a construção de Rastilho, um dos grandes motes das narrativas orais do referido espaço, e buscamos compreender a dinâmica dessa construção calcada no caráter inventivo e ficcional, mas também nos dados contextuais que condicionam tal construção.

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Biografia do Autor

Geice Peres Nunes, Universidade Federal do Pampa

Professora na Universidade Federal do Pampa, doutora pela Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2017-09-14

Como Citar

Nunes, G. P. (2017). Os caminhos de rastilho: expressões da literatura oral na fronteira Sul-Riograndense. Boitatá, 12(23), 164–178. https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e30685

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Seção Livre