“Eu tenho uma cidade nos olhos”: Escrevivência e memória na poesia do marroquino Tahar Ben Jelloun
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e30679Palavras-chave:
Poesia árabe marroquina, Engajamento, Tahar Ben Jelloun.Resumo
A poesia do marroquino Tahar Ben Jelloun (1944-) revela uma geografia intensa de um país multicultural cercado de lendas e mitos, personagens e dor. Imbuído de certos poemas-ferida, o poeta desenha paisagens nutridas de um pensamento participativo coercitivamente no debate universal de conflitos histórico-culturais. Não obstante, o poeta, romancista e cronista marroquino desenvolve sua literatura participativa, de modo a, na tônica do Mediterrâneo, pensar e defender uma ideologia de tolerância, respeito à multiplicidade cultural e, portanto, uma leitura mais cuidadosa de sua nação. A catarse não é a revelação do mundo, ela é a revelação da poesia, do pensamento, da pulsão afetiva entre o poeta e seu mundo. O objetivo deste artigo é apresentar, num primeiro momento, uma breve historiografia da poesia árabe, e ainda, em seguida, apresentar as potencialidades do texto benjellouniano, compreendido como uma das novas possibilidades de se pensar o outro escrito, falado, visto, percebido e representado.Métricas
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Referências
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Publicado
2017-09-14
Como Citar
Melo, I. V. de. (2017). “Eu tenho uma cidade nos olhos”: Escrevivência e memória na poesia do marroquino Tahar Ben Jelloun. Boitatá, 12(23), 74–88. https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e30679
Edição
Seção
Dossiê
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