Artes de fazer o ensino de História: o professor, o aluno e o livro didático entre os saberes admitido e inventivo.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n9p491

Palavras-chave:

História e ensino, Livro didático, Práticas de leitura

Resumo

Sabe-se que a definição do livro didático como controle sobre os conteúdos está atrelada à constituição da disciplina escolar História. Neste sentido, é possível dizer que este objeto tornou-se central nas práticas de ensino, porém, os contornos específicos que essa centralidade adquiriu, no início do século XXI, viabilizam a proposição de uma questão fundamental: como são lidos e utilizados os livros didáticos de História? Considerando esse contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de compreender as práticas de leitura do livro didático de História, em sala de aula, pelo professor e aluno, por meio do estudo de um caso específico. Utilizando como referenciais teórico-metodológicos os pressupostos desenvolvidos pela História da leitura e pelas discussões realizadas no livro A invenção do cotidiano de Michel de Certeau, é analisada a utilização do livro didático em uma turma de 7ª série (8º ano) de uma escola estadual da cidade de Cambé, no Paraná. A pesquisa buscou evidenciar as relações estabelecidas entre os três personagens fundamentais nas práticas em sala de aula, a saber: a professora, os alunos e o livro didático. Dessa forma, apresenta-se uma análise do livro didático utilizado naquela turma – Projeto Araribá: História – com o intuito de compreender este material em seus detalhes e evidenciar os protocolos de leitura que delimitaram e permitiram as práticas em sala de aula. Por meio da análise de dados recolhidos em questionários, observação em sala, grupos focais e entrevista com a professora da turma, são apresentados diversos aspectos que definem as relações estabelecidas entre os três personagens. Para o estudo prático, são utilizadas duas categorias de análise: os saberes admitido e inventivo como elementos que compõem as práticas de maneira inter-relacional. Conclui-se que, mesmo em práticas de leitura do livro didático mais sistemáticas, não é possível afirmar que exista a simples reprodução mecânica dos textos, uma vez que as práticas são singulares, contingentes, engajadas e, por isso mesmo, complexas.

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Biografia do Autor

Jeferson Rodrigo da Silva, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Mestre em História pela Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

20-08-2012

Como Citar

SILVA, J. R. da. Artes de fazer o ensino de História: o professor, o aluno e o livro didático entre os saberes admitido e inventivo. Antíteses, [S. l.], v. 5, n. 9, p. 491–492, 2012. DOI: 10.5433/1984-3356.2012v5n9p491. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/12941. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Resumos de Dissertações