O agro é pop e não preserva ninguém: Os discursos antagônicos de preservação ambiental

Autores

  • Sheila Castro dos Santos Universidade Estadual de Londrina http://orcid.org/0000-0003-1704-5742
  • Carlandio Alves da Silva Universidade Federal do Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.5433/got.2020.v6.39658

Palavras-chave:

Estado, Marketing, Manipulação.

Resumo

Este texto vem com a proposta de explicitar um dos temas mais debatidos na contemporaneidade no que se diz respeito ao do avanço do agronegócio no Brasil, influenciado pelas mídias com discursos engrandecedores e entusiasmantes, de que o Agro é pop, o Agro teck e o Agro é tudo. Não mostrando dessa maneira a outra face que o tal discurso esconde. As questões econômicas, sociais e ambientais que aos olhos e ouvidos da população parece estar em harmonia com a natureza, gerando riqueza para o país e trabalho. Utilizou-se para tal empreendimento teóricos da geografia e demais ciências que tratam do tema, com a metodologia de pesquisa qualitativa, de viés bibliográfico com o método da análise do discurso, com base textual descritiva e explicativa, desenvolveu-se a linha de raciocínio, onde pode ser constatado que as relações imposta pelo agronegócio impõem ao grande público das mídias eletrônicas visando o crescimento econômico, no entanto escondem que o beneficiário é o detentor das fortunas e não o pequeno produtor. Foi evidenciado que o poder dos atores sintagmáticos que envolvem o Estado nas mais diversas esferas de poder auxiliando na construção falaciosa da bondade do agronegócio.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Sheila Castro dos Santos, Universidade Estadual de Londrina

Docente do departamento de Geografia da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Carlandio Alves da Silva, Universidade Federal do Mato Grosso

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Mato Grosso;

Membro do grupo de pesquisa GECA.

Referências

BANDEIRA, L. A. M. Geopolítica e Política exterior: Estados Unidos, Brasil e América do Sul. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009. 128p.
BARROS, I. F. O Agronegócio e a atuação da burguesia agrária: considerações da luta de classes no campo. In: Revista de Serv. Social, n. 131: São Paulo, 2018. p. 175-195. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n131/0101-6628-sssoc-131-0175.pdf - Acessado em: 03/04/2019.
CHÃ, A. M. de J. Agronegócio e Indústria Cultural: estratégias das empresas para a construção da hegemonia. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquista Filho, Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe: São Paulo, 2016. 156p.
DARDEL, E. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: editora perspectiva, 2011.
DARTIGUES, A. O que é a fenomenologia? São Paulo. Editora Centauro, 1996.
DELGADO, G. A questão agrária no Brasil 1950-2003. In: JACCOUD, Luciana (Org.). Questão Social e Políticas Sociais no Brasil Contemporâneo. Brasília: IPEA, 2005. p. 51-90 – Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/Livro_Questao_Social.pdf - Acessado em: 18/06/2019
FIORIN, J. L. Linguagem e Ideologia. São Paulo: Ática, 2007.
FREIRE, P. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso. São Paulo: edições Loyola, 2010.
GALEANO, E. H. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2012.
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova Des-Ordem mundial. São Paulo: editora UNESP, 2016.
HARVEY, D. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Loyola, 1992.
HECK, E., LOEBENS, F. e CARVALHO, P. D. Amazônia indígena: conquistas e desafios. In Revista Estudos Avançados 19 (53), 2005. p. 237-255.
Notícia-Disponível em http://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do-brasil/noticia/2016/10/agronegocio-e-valorizado-em-campanha-da-rede-globo.html - Edição do dia 01/09/2016 - 01/10/2016 11h00 - Atualizado em 03/10/2016 16h13 – acessado em 24/01/2017.
LOPES, C. V.; ALBUQUERQUE, G. S. C. Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática. In: Saúde em Debate: Rio de Janeiro, v.42, n. 117. 2018. p. 518-534. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v42n117/0103-1104-sdeb-42-117-0518.pdf - Acessado em: 17/05/2019.
PIGNATI, W. A.; LIMA, F. A. N. de S.; LARA, S. S. de L.; CORREA, M. L. M.; BARBOSA, J. R.; LEÃO, L. H. da C.; PIGNATI, M. G. Distribuição espacial do uso de agrotóxicos no Brasil: uma ferramenta para vigilância em saúde. In: Ciência e Saúde Coletiva: Rio de Janeiro, n. 22. 2017. p. 3281-3298. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v22n10/1413-8123-csc-22-10-3281.pdf – Acessado em 17/05/2019.
OLIVEIRA, A. U. de. Modo capitalista de produção agricultura e reforma agrária. São Paulo: FFLCH, 2007. Disponível em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.usp.br/files/modo_capitalista.pdf - Acessado em 14/04/2019.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2011.
RAFFESTIN, C. Por Uma Geografia Do Poder. São Paulo. Editora Ática, 1993.
RELPH, E. C. As Bases Fenomenológicas da Geografia. In: Geografia, Rio Claro, v. 4, nº 7, 1979. p. 1-25.
SILVA, L. R. da. A Reconfiguração da questão agrária sob o desenvolvimento do agronegócio. In: Anais da VI Jornada Internacional de Políticas Públicas: UFMA, 2013. p 01-11 – Disponível em: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2013/JornadaEixo2013/anais-eixo12-questaoagricolaquestaoagrariasegurancaalimentarepoliticaspublicas/pdf/areconfiguracaodaquestaoagrariasobodesenvolvimentodoagronegocio.pdf - Acessado em 02/01/2019.
VIEIRA, L,. Fragmentos de um discurso Ecológico: Reflexões críticas de Ecologia Política. In: Revista São Paulo em Perspectiva: v.3, n.4, 1989. p. 5-12. Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v03n04/v03n04_02.pdf - Acessado em: 08/03/2018.

Downloads

Publicado

22-04-2020

Como Citar

Santos, S. C. dos, & Silva, C. A. da. (2020). O agro é pop e não preserva ninguém: Os discursos antagônicos de preservação ambiental. Geographia Opportuno Tempore, 6(1), 93–108. https://doi.org/10.5433/got.2020.v6.39658

Edição

Seção

Artigos