Viagens errantes: desrealização e apagamento do sujeito no romance Madona dos Páramos

Autores

  • Carmelita Rodrigues Gomes Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2012v10.e25840

Palavras-chave:

Errância, Descentramento, Imaginário, Dicke

Resumo

O presente artigo visa fazer uma leitura do sujeito configurado no romance Madona dos Páramos (1982), do escritor mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke. Será mostrada a dupla representação dos personagens, que, de homens telúricos, fortes e valentes, descritos como síntese do homem local, passam por um processo de transformação física radical. São deformados, reduzidos, transfundidos em caveiras e esqueletos ambulantes. Simultaneamente, percorro o caminho a fim de captar os procedimentos estéticos usados pelo escritor para materializar tais metamorfoses. O objetivo será desvendar qual o sentido das referidas representações no âmbito do homem da modernidade. Portanto, o estudo será subsidiado por textos que trazem importantes discussões sobre o assunto: Texto e contexto (1976), de Anatol Rosenfeld; Identidade cultural na pós-modernidade (2004), de Stuart Hall, dentre outros.

Biografia do Autor

Carmelita Rodrigues Gomes, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Mestre em Letras pela Universidade Federal da Grande Dourados  - UFGD

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Publicado

2012-02-19

Como Citar

Gomes, C. R. (2012). Viagens errantes: desrealização e apagamento do sujeito no romance Madona dos Páramos. Estação Literária, 10(1Supl), 91–107. https://doi.org/10.5433/el.2012v10.e25840

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático