Memorial do PET em comemoração aos 15 anos.
Primeira Turma
“Primeira dama” do PET Matemática UEL, 2006. [...] Todo esse ambiente me ajudou a construir um aprendizado para a vida toda, sou muito grata. [...] Esse projeto me ensinou a ter disciplina de estudo, respeitar diferentes opiniões, buscar o conhecimento sem preguiça, me fez uma mulher determinada. [...] Formamos uma saudosa família acadêmica.
“Primeira dama” do PET Matemática UEL, 2006. Primeira porque o PET começou com 4 alunos e apenas eu de menina, a saber, Carlos Eduardo Batilana, Ewerton Lemes, Rodrigo Monteiro e eu – Poliane Farias. Nosso primeiro tutor e pai do projeto foi o professor Robinson Hoto, depois a professora Angela Marta. Durante a graduação o PET me proporcionou um ambiente de estudo muito rico: pude aprender com os amigos; com excelentes professores, que poderiam ser consultados a qualquer momento; diversidade de livros para pesquisa e papelaria sempre à mão; acesso à internet, impressão; além da ajuda financeira. Muitos alunos que ingressam nas universidades públicas não possuem computador, não tem acesso à internet, tem limitação financeira para compra de papelaria, livros, transporte e alimentação, como foi o meu caso. Todo esse ambiente me ajudou a construir um aprendizado para a vida toda, sou muito grata. Consegui participar de inúmeros eventos, congressos e feiras que enriqueceram meu currículo. Logo no ano seguinte da colação de grau consegui cursar, com bolsa, o Mestrado em Matemática Aplicada e Computacional – UEL. Em seguida lecionei por um tempo até cursar um doutorado em Física, também bolsista. Atribuo essas conquistas à minha participação neste projeto, PET. Esse projeto me ensinou a ter disciplina de estudo, respeitar diferentes opiniões, buscar o conhecimento sem preguiça, me fez uma mulher determinada. Hoje, todos os pioneiros do PET MAT UEL são professores, exceto o Carlos Eduardo, nosso querido Dudu, que deixou de viver entre nós ainda enquanto petiano. Formamos uma saudosa família acadêmica.
Conquista. O PET foi o pontapé inicial para muitas conquistas.
Sou Rodrigo Nunes Monteiro e hoje sou professor da UEL. Após entrar no PET, as atividades de pesquisa despertaram um interesse enorme em estudar algo não incluso no currículo da Graduação. E por isso, a pesquisa foi o projeto que mais gostei. Também acho importante citar o projeto de extensão intitulado: Clube de Matemática. Neste, orientado pelo Prof. Olívio, auxiliamos alunos do último ano do ensino médio na resolução de problemas. Toda etapa do projeto foi interessante e o contato com os alunos vieram para confirmar a vontade de ser professor. Com relação à vida acadêmica, o PET proporcionou um ambiente que sempre estimulou o estudo e o contato com outros alunos. Com relação à carreira profissional, o PET foi realmente importante. A iniciação científica não foi tão divulgada no meu período de graduação e, posso afirmar com certeza que meu interesse pela pesquisa veio junto com a minha participação no PET. Conquista. O PET foi o pontapé inicial para muitas conquistas.
O PET contribuiu para, digamos, o amadurecimento da minha vida acadêmica.
Meu nome é Ewerton da Silva Lemes, sou doutor em Matemática na área de Álgebra. Hoje sou professor universitário (UEL). Eu gostava mais de fazer a IC, que não era exatamente um projeto do PET, mas, como aluno do PET, eu deveria fazer. O PET contribuiu para, digamos, o amadurecimento da minha vida acadêmica, pois no PET eu tive a oportunidade de apresentar trabalhos e também de estar envolvido com atividades de ensino e extensão. Além das amizades e do bom ambiente de estudo que o PET proporciona.
Integrante da primeira turma do PET Matemática-UEL.
Petianos Egressos
Progresso. Com certeza o PET foi uma ponte entre eu e o sucesso, minha carreira profissional.
Olá, então meu nome é Bárbara Almeida Monteiro, eu fui integrante do PET do segundo ano ao quarto. Me formei em 2017. -Qual projeto do PET que eu mais gostava? Bom, eu fiz oficina de projeto de iniciação científica com o Albo, foi uma experiência muito boa. Foi quando eu fui também fazer apresentação no EAIC lá em Foz do Iguaçu, foi muito legal, foi muito bom. -Qual a importância do PET na sua vida acadêmica e na sua carreira profissional? Ah desculpa, não respondi o que eu faço hoje em dia né? Sou cientista de dados, datascientist. -Tá, qual a importância do PET na sua vida acadêmica e na sua carreira profissional? Muito, foi muito importante porque pra você ser cientista de dados, uma das bases é matemática, então tem 3 bases pra ciência de dados que é… Então, tem 3 bases pra você ser cientista de dados né, você precisa ter pelo menos conhecimento básico na área de matemática, na área de administração e na área de administração e negócios e a terceira base seria programação, mas se você tiver uma base muito boa na matemática, ajuda muito mesmo, principalmente se você for trabalhar numa machine learning. -Se você tivesse que resumir a importância do PET para você em uma palavra, qual seria? Progresso. Com certeza o PET foi uma ponte entre eu e o sucesso, minha carreira profissional.
Tudo isso me despertou uma certa pró-atividade e um sentimento de querer fazer/dar o melhor que poderíamos para aqueles que precisavam, em todos os sentidos. Eu levo isso para mim até hoje. A palavra que eu usaria para descrever o PET seria "Vivências".
Sim, fui petiano entre junho/julho de 2016 até o final da minha graduação janeiro de 2019. Atualmente faço mestrado em matemática pura na UFSCar, com foco em Análise Harmônica, sob orientação do prof. Gustavo Hoepfner. Sinceramente, eu gostava de todos os projetos do PET e tenho orgulho de ter feito parte de um grupo, uma família, tão incrível e em uma época de várias mudanças tanto interna, quanto no programa como um todo na UEL. Mas o meu projeto preferido era a semana de nivelamento. Poder dar aula para ingressantes da UEL foi uma experiência ótima pra mim. Eu sentia que esse projeto tinha um potencial legal e que ajudava bastante os alunos da UEL. Além da visibilidade que ganhavamos como grupo. Todos os projetos me agregaram muito no que diz respeito a formação acadêmica e pessoal. Pude me envolver em ambientes diversos durante a graduação, como participar do projeto na Cléia Godoy, dar aula/monitoria pra estudantes da UEL, organizar eventos, trabalhar em grupo, etc. Tudo isso me despertou uma certa pró-atividade e um sentimento de querer fazer/dar o melhor que poderíamos para aqueles que precisavam, em todos os sentidos. Eu levo isso para mim até hoje. O PET permitiu também que eu adquirisse mais sensibilidade. Além disso, as viagens a eventos, conhecer pessoas diferentes de outras universidades foram experiências e vivências muito enriquecedoras. A palavra que eu usaria para descrever o PET seria "Vivências".
E eu resumiria a importância do PET como "fecho indispensável", pois assimilo as aulas como o conjunto dos irracionais e o PET como o dos racionais, o fecho de ambos equivale a reta toda, mas um sem o outro não completa a reta. No caso, a reta foi minha graduação como um todo.
Meu nome é Paulo, fui membro do PET Matemática da UEL por 3 anos e meio. Hoje em dia, curso mestrado na área de EDP pelo programa PGMAC. Durante meu período no PET, os dois projetos que mais me cativaram foram as monitorias e o projeto da Luci, pois em ambos eu ajudava pessoas que tinham dificuldades com a Matemática. E sem dúvida, o programa foi de extrema importância na minha graduação, uma vez que me incentivava a estudar, pesquisar, elaborar trabalhos, etc. Além de tudo isso melhorar meu desempenho no curso, também foi importante na composição do meu currículo, e foi isso que, provavelmente, possibilitou meu ingresso no mestrado. E eu resumiria a importância do PET como "fecho indispensável", pois assimilo as aulas como o conjunto dos irracionais e o PET como o dos racionais, o fecho de ambos equivale a reta toda, mas um sem o outro não completa a reta. No caso, a reta foi minha graduação como um todo.
O PET - Matemática foi a cereja do bolo da minha graduação
Olá, meu nome é Nilton Lucas Luciano Serafim, sou formado em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina - UEL em 2019. Meu ingresso no PET - Matemática ocorreu no primeiro semestre de 2018, último ano de minha graduação, entretanto minha interação com o grupo PET - MAT começou desde minha primeira semana como universitário, no primeiro semestre de 2015, quando tomei conhecimento desse programa e passei a desfrutar dos serviços oferecidos e das amizades criadas. Desde meu primeiro ano de graduação, a convivência no PET - MAT me influenciou a estudar durante o curso e a buscar sempre fazer o meu máximo durante a graduação, pois isso seria importante para seguir uma carreira acadêmica, porém acredito que a principal influência deixada pelos membros do PET foi que para ser um bom aluno não era preciso se isolar socialmente, que manter boas amizades que te dão apoio na hora de estudar e na hora de se divertir é o essencial para ter uma boa graduação. Com o passar dos anos, minha experiência com o PET era tão positiva que não poderia me formar sem me tornar membro regular desse programa. Assim, no meu último ano de graduação entrei no PET - Matemática com o objetivo de transmitir essas experiências que tive com o PET para o máximo de pessoas possíveis. Como membro do PET, aprendi muito a trabalhar em equipe, participei de projetos sociais que mudaram muito a minha visão sobre a educação em escolas em regiões periféricas da cidade de Londrina, além disso, meu ingresso no PET possibilitou que eu conhecesse diversas pessoas através dos eventos anuais do PET que integram diferentes cursos de diversas universidades do país inteiro em congressos que ampliaram minha visão sobre a possibilidade de mudança que a universidade proporciona em diferentes esferas da sociedade. Dito isso, considero que o PET - Matemática foi a cereja do bolo da minha graduação e, desse programa, guardo experiências que vão durar a minha vida toda.
Além disso, a troca de experiências com os demais petianos me inspirou a alçar voos mais altos. Em resumo, o PET e meus colegas petianos foram uma inspiração para minha vida acadêmica e profissional.
Meu nome é Luiz Henrique Lemes, 30 anos, formado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Londrina e cursei Matemática, também na UEL, entre os anos de 2017 e 2018 e petiano durante esse período. Hoje, sou servidor público trabalhando no Ministério Público do Estado de São Paulo. Um dos projetos do PET que eu mais gostava era o de ministrar monitorias e aulas de revisão para os alunos que tinham interesse. Entretanto, meu projeto favorito, sem dúvidas, foi ajudar na preparação do EnaPetmat, em 2017, em Londrina. Projetar este evento em conjunto com meus colegas petianos foi um dos desafios mais prazerosos que eu tive prazer de participar. Durante meu período no curso de Matemática, o PET foi primordial para me manter focado nos estudos. Além disso, a troca de experiências com os demais petianos me inspirou a alçar voos mais altos. Em resumo, o PET e meus colegas petianos foram uma inspiração para minha vida acadêmica e profissional. Uma palavra para resumir o PET seria dedicação.
[...] o mundo não gira em torno de demonstrações matemáticas, vai muito além. Me permitiu aprimorar o lado humano também através de projetos de pesquisa, ensino e extensão.
Fui petiano entre 2013 e 2015. Entrei pro grupo quando estava no 2° ano do bacharelado em Matemática. Foram 3 anos onde pude conhecer pessoas e professores maravilhosos que agregaram muito ao meu conhecimento em matemática e o que eu julgo mais importante, conhecimento de vida, isto é, maturidade. O PET me fez perceber que o mundo não gira em torno de demonstrações matemáticas, vai muito além. Me permitiu aprimorar o lado humano também através de projetos de pesquisa, ensino e extensão. Nesse tempo, conclui que um bacharel em Matemática não está predestinado a seguir a carreira acadêmica somente, existem outras possibilidades que podemos nos encaixar. Os projetos de pesquisa estão aí para nos "acharmos" dentro dos milhares tópicos que a matemática abrange (análise, álgebra, análise numérica, otimização, estatística, etc...), os projetos de ensino nos ajudam não só a melhorarmos nossa didática, mas também nos ensinam a melhorar nossa oratória nos obrigando a ser didáticos naquilo que aprendemos e encontrar estratégias para transmitir conhecimento e por fim, os projetos de extensão devem abrir nossa mente para o mundo lá fora e nos ajudar a enxergar oportunidades de agregar e cooperar nossos conhecimentos de matemática no campo externo. Sei que poderia ter aproveitado mais esse tempo, mas sei que fiz a escolha certa em decidir ingressar nesse programa. Enfim, o PET me ajudou e muito no meu processo construtivo profissional.
Tutores Egressos
Em 2006 iniciou as atividades do nosso PET. Eu comecei coordenando o nosso PET que foi composto pela Poliane, pelo Ewerton, pelo Carlos e pelo Rodrigo. [...] É muito bonito de ver como que o PET aprimora como ele consegue fazer uma lapidação muito importante na vida profissional e pessoal das pessoas.
Olá, tudo bem? Eu sou o Robinson, sou professor da Universidade Estadual de Londrina, trabalho no departamento de matemática. Olha só, nosso PET vai comemorar quinze anos de existência, o nosso PET começou a funcionar em 2006, eu escrevi o projeto do nosso pet. A UEL poderia enviar duas propostas de PET, isso lá em 2005, né? Ter de escrever a proposta do nosso PET tá? E na época eu não me lembro bem se foram treze ou quinze propostas que haviam, né? E dessas treze e quinze apenas duas poderiam ser escolhidas tá? A pró-reitora iniciou a reunião dizendo o seguinte: olha deve estar claro para todos já que todos vocês tiveram acesso a todas as propostas, que existe uma proposta que ela se destacou muito em relação aos demais. Aí o pessoal “ah sim, claro! A da matemática”. Pra minha grata surpresa, pra minha felicidade, todo mundo concordou, foi unânime. E aí a pró-reitora então falou bom Robinson é o seguinte, se você quiser continuar na reunião pra ajudar a escolher a próxima proposta, ou se você quiser se retirar, você fica à vontade, a sua proposta já está escolhida. Então, em 2006 iniciou as atividades do nosso PET. Eu comecei coordenando o nosso PET que foi composto pela Poliane, pelo Ewerton, pelo Carlos e pelo Rodrigo, né? Bom o Ewerton, ele fez mestrado na UEL aqui com a gente, fez doutorado. A Poliane fez mestrado, fez doutorado. O Rodrigo fez mestrado, fez doutorado, agora retorna sendo professor pro nosso departamento, né? E o Carlos, o Carlos Eduardo lamentavelmente faleceu, ele sofreu um acidente na época e enfim, né? Foi um episódio bastante triste e traumático para todos e pra mim principalmente. Pediram pra que eu dissesse como que o PET já que você foi um aluno de Pet como é que o Pet ajudou você, né? Pois é, eu fui, eu entrei no PET no final dos anos oitenta, início dos anos noventa, né? Em São José do Rio Preto na Unesp e lá a seleção na época era bastante concorrida. A seleção consistia de cinco questões de cálculo, cinco questões de álgebra linear, são uma coisa meio que padrão, né? Na verdade não era bem álgebra linear, era geometria analítica porque a gente não tinha no primeiro ano naquela época, era geometria analítica. Então eram cinco questões de geometria analítica, cinco de cálculo I (cálculo de uma variável), uma redação e uma prova de inglês básica, e aí a gente então também passava por uma entrevista como acontece hoje, né? Daí ser ou não selecionado. Mas eu diria que a forma como o pet, quando eu fui aluno de PET impactou na minha vida profissional, na minha vida pessoal foi ter tido a oportunidade que me deram aqui na Universidade Estadual de Londrina de escrever um projeto e escrever um projeto bom, né? Ter sido treinado a isso, entende? Que conseguiu sucesso de ter sido aprovado no MEC. Eu diria que o maior impacto que o pet deu pra mim foi esse, né? E eu sou muito grato por ter sido aluno do PET porque eu pude então propagar isso dessa maneira, trazendo pra UEL o PET. Bom, então daí passou pra professora ngela ela ficou lá um tempo, depois eu voltei a coordenar fiquei um tempo também, e aí a professora ngela retornou e a professora ngela Marta foi a pessoa que mais ficou como tutora nesse período no pet nosso de matemática. E a professora ngela Marta e eu espero aproveitar esse vídeo e deixar registrado na história do nosso pet que eu tenho assim um grande pela professora ngela Marta, uma grande consideração por ela. Professora ngela Marta pra mim como se fosse uma irmã, gosto muito mesmo dela e tenho que registrar aqui um grande agradecimento a ela pelo carinho que ela teve com o Pet que ela tem, que eu não esperaria de outra maneira, né? A atuação dela. Eu diria até que ela foi uma tutora muito melhor do que eu, tá? Então, com isso acho que eu deixo bem claro e registrado, todo o carinho que eu tenho por ela e toda consideração e toda gratidão que eu tenho por ela ter sido tutora do pet tá? Então ela teve que passar a tutoria e quem assumiu essa tutoria agora é uma outra grande pessoa também que é o professor Paulo Liboni que também foi aluno do PET que é uma pessoa carismática, uma pessoa muito simpática, uma pessoa que compreende muito bem o que é um pet, então, eu não tenho dúvidas de que o grupo atual e futuro está em boas mãos, né? E eu fico muito lisonjeado e me sinto muito honrado em poder fazer parte desta equipe como um professor colaborador, tá? Bom, eu diria então que essencialmente é isso o que eu gostaria de passar, deixar registrado, né? Gostaria de dar, por fim, os parabéns ao atual grupo e também deixar estendido esse meu parabéns para os grupos anteriores, né? Que com certeza são vocês os alunos que tem feito, tem dado todo o sucesso do grupo Pet Matemática tem conquistado, tá? Então meus sinceros parabéns a vocês e é isso não tenho muito mais o que dizer eu só tenho que registrar imensa gratidão e esse sentimento de gratidão é um sentimento que tem me deixado assim muito bem, muito leve, tá? Então é isso, tá? Eu desejo sucesso ao professor Liboni, desejo sucesso a professora ngela Marta e desejo muita felicidade e muito sucesso aos alunos do PET Matemática UEL que com certeza serão profissionais diferenciados, já tem demonstrado isso porque o Rodrigo, por exemplo, que foi aluno do PET é um profissional destacável e nós temos ele agora conosco aqui no departamento então é muito bonito de ver como que o PET aprimora como ele consegue fazer uma lapidação muito importante na vida profissional e pessoal das pessoas. Então é isso, tá? Meu muito obrigado a todos.
Foram tempos maravilhosos, em que conheci pessoas lindas, humanas... Aprendi muito o que fazer e o que não fazer em certas situações, fui mãe, madrasta, amiga, psicóloga e principalmente professora.
Minha experiência como PET Matemática UEL iniciou-se em agosto de 2006, cinco meses após ser aprovado. Assumi tendo apenas quatro estudantes (os estudantes vão entrando gradativamente a cada ano até completar doze bolsistas): Poliane, Ewerton, Rodrigo e Eduardo. Tínhamos recursos e uma sala boa onde hoje instala-se a sala do Programa de Pós-graduação em Matemática Aplicada e Computacional. Fizemos excursão juntamente com o Pet Geografia e o Pet Física, uma delas para Itaipu Binacional, na qual fizemos uma visita técnica, conhecendo a usina por dentro, inclusive vendo o funcionamento de turbinas. Desses quatro estudantes, três já são doutores e o Eduardo faleceu em 2007 aos 21 anos, vítima de um grave acidente. Ficaram as lembranças da viagem nas fotos e vídeos. O tempo foi passando, o PET Matemática UEL crescendo e precisando de um lugar maior, nunca conseguido!! Quantos ofícios solicitando espaço enviamos para o Centro de Ciências Exatas. Nossa salinha continuou sendo aquela perto da diretoria do centro, uma sala quente, sem ar condicionado, com um ventilador dado por uma diretora, com uma infiltração na parede que divide com o banheiro ao lado. Naquela sala fazíamos atendimentos, estudos, seminários, reuniões, ou seja, quase tudo relativo ao Pet. Naquela sala, quantas vezes atendi petianos e estudantes do curso. Ensino, pesquisa e extensão fluíam nesse período naquela sala. Nela, estudantes do curso de Matemática não petianos vinham estudar, tirar dúvidas e também ajudar os petianos em estudos de diversas disciplinas. Deu-se o que chamei de efeito PET, os petianos aprendiam com os colegas de curso e os colegas aprendiam com eles. Vários estudantes do curso conseguiram se recuperar no curso e se formar! Bons tempos! Mas...o tempo passou, muita coisa aconteceu e acabei saindo do PET em março de 2010. Contudo, ainda continuei orientando alguns petianos nas iniciações científicas. Eu não pretendia voltar ao PET, pois estava envolvida com a Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, mas a vida nos prega peças e acabei assumindo novamente o PET em agosto de 2016. Dessa vez foi diferente. Eu mudei e o PET mudou. Aquela paixão tornou-se mais madura e os envolvimentos eram menos pessoais e mais superficiais. Mesmo assim, foi bem interessante esse período! Atendemos escolas públicas, projetos de atendimento social, visitamos asilos, levamos doações a creches e instituições de auxílio a pessoas com dependência química. Fomos na rádio e divulgamos (ainda lembro do trauma que fiquei com aquele microfone amarelo!) o PET Matemática UEL. Além disso, os compromissos PET continuaram, como seminários, atendimento de monitoria, minicursos de nivelamento, etc.. E ganhamos uma cafeteira (depois ganhamos outra!)! Que delícia passar no PET toda tarde e tomar um cafezinho com os meninos e meninas. Conseguimos também uma sala de aula para reuniões e seminários uma vez por semana. Pelo menos isso! Seminários na nossa salinha com 12 bolsistas e mais uns cinco voluntários era quase impossível. E o tempo passou... tentaram tomar nossa sala várias vezes, muitas delas a partir de informações indevidas. Mas resistimos. Em setembro de 2019 renovei minha permanência no PET por mais três anos, contudo em junho de 2020 saí de vez do PET Matemática UEL. Já tinha dado meu tempo lá! Senti que era hora de partir, já me incomodava com certas cobranças, como devolver metade da compra em uma loja (compra essa decidida por todos!), já estava “acomodando “ os petianos na perspectiva de alguns estudantes, já não conseguia cobrar os membros do grupo... Foram tempos maravilhosos, em que conheci pessoas lindas, humanas... e também a prepotência (uma prova quase esfregada em meu rosto!), a falta de paciência para entender que cada um tem o seu tempo! Fatos inesquecíveis!!!! Aprendi muito o que fazer e o que não fazer em certas situações, fui mãe, madrasta, amiga, psicóloga e principalmente professora.