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História
O inicio das atividades da Faculdade Estadual de Odontologia de Londrina, em 1962, se deu a partir da necessidade de novos cirurgiões dentistas, vivenciada pela cidade e região. Na época, Londrina tinha 59 cirurgiões dentistas graduados, além de profissionais práticos, que exerciam a profissão, sem nenhuma formação. Além disso, os jovens, interessados e motivados à formação na área, tinham que se deslocar para Curitiba ou São Paulo.
Assim, a Associação Odontológica liderou o movimento de discussão e apresentação da proposta do Curso de Odontologia em Londrina. A partir do Decreto Estadual, autorizando a implantação do Curso, as primeiras perguntas a serem respondidas foram:
Onde instalar o Curso?
Que modelo de ensino seguir?
Apoiado pelo Bispo de Londrina Dom Geraldo Fernandes, o Curso foi, inicialmente, instalado no porão da Catedral de Londrina, onde permaneceu até 1971. A partir de então, as instalações do Curso foram transferidas para a Clínica Odontológica.
Os primeiros professores foram cirurgiões dentista de Londrina, que ensinavam com base nas suas experiências e conhecimentos adquiridos durante os anos de exercício profissional. Aos poucos, esses profissionais buscaram, em outros centros de formação, dentro e fora do país, complementar a formação para o exercício da docência. Enquanto que o primeiro currículo implantado, com regime seriado e duração de 4 anos, tomou, como modelo, o praticado pelo Curso de Odontologia de Ribeirão Preto, na época reputado como um dos melhores do Brasil. A partir de então, a cidade de Londrina se despontou como um centro de estudos, se equiparado aos mais tradicionais do país.
Posteriormente, o Curso, então funcionando isoladamente, foi absorvido pela Universidade Estadual de Londrina – UEL e, desde a sua implantação, mudanças curriculares foram propostas. Por terminação superior (Resolução S/No., de 11 de novembro de 1970), em 1973, o Curso, que funcionava em regime seriado, implantou o sistema de créditos. Na ocasião, disciplinas foram subdivididas, novas foram introduzidas, em especial a disciplina de Clínica Integrada, num currículo com carga horária de 3.765 horas, distribuídas em 242 créditos. Entretanto, os objetivos pretendidos pelo Curso não foram atingidos em sua plenitude e, embora o número de professores tenha aumentado, consideravelmente, a qualidade do profissional formado não foi condizente ao alcançado pelo currículo anterior.
Em 1984, em obediência à Resolução Nº. 64/82, do Conselho Federal de Educação, houve nova reestruturação curricular e, por consequência, redefinição do perfil do profissional a ser formado pelo Curso. De acordo com as normas estabelecidas pele referida resolução, novas disciplinas foram introduzidas, mais precisamente seis (6), todas na área básica. Para que a área profissionalizante não fosse prejudicada, foi introduzido mais um período, o 9º. Este passou a ser o período para a oferta da Clínica Integrada (criada por força da lei 1.972), no qual o estudante, já com uma formação técnica mais apurada, poderia, com segurança, exercer atividades extramurais, integrando-se ao sistema assistencial existente. A carga horária passou para 4.755 horas e os créditos para 289.
Concluiu-se, mais uma vez, que houve o aumento de disciplinas e do número de professores, no entanto a qualidade final do profissional formado ainda deixava muito a desejar. Embora, aparentemente, o currículo sugerisse unidade e integração, os objetivos não estavam sendo alcançados.
A partir de 2005, ano da reestruturação curricular com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), adequações curriculares foram propostas, sendo a última aprovada em 2009 para vigorar a partir de 2010. Desde então, a duração mínima e máxima prevista para o curso de Odontologia é de cinco (5) e dez (10) anos, respectivamente. Sendo que, para a obtenção do grau de cirurgião dentista, o aluno deverá cumprir um total de 4.260 (quatro mil, duzentas e sessenta) horas relativas ao currículo pleno proposto, incluindo as destinadas ao cumprimento de Atividades Acadêmicas Complementares (180 horas). A atual organização curricular é baseada em módulos de complexidade crescente, com clínicas integradas desde as primeiras séries. Essa proposta permite a integração entre os conteúdos, à racionalização do tempo e favorece a inserção de temas atuais e importantes para a formação de profissional consciente, comprometido e sabedor do seu papel como um profissional da saúde.
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