Três versos e uma coda: as mutações do haicai no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2017v34p66

Palavras-chave:

Haicai, Guilherme de Almeida, Olga Savary, Paulo Leminski

Resumo

Este trabalho se propõe apresentar algumas experimentações da literatura brasileira no século XX, principalmente, aquelas que mantêm relações de proximidade com as tradições poéticas japonesas. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica. Utilizaremos para subsidiar nosso estudo os seguintes autores: Paulo Franchetti, H. Masuda Goga, Paulo Leminski, Roland Barthes, Haruo Shirane e Teruko Oda. O foco da investigação centra-se na produção poética de Guilherme de Almeida, de Olga Savary e Paulo Leminski, e nas relações mantidas com algumas técnicas e efeitos dos haicais tradicionais. Assim, por meio de aproximações com a estética do haicai tradicional, apontaremos algumas configurações que ajudaram a criar as “novas” formas para o haicai brasileiro ou “abrasileirado”. Destacamos em nossa análise os esquemas métricos e o momento de elite em Guilherme de Almeida, o diálogo de Paulo Leminski com os procedimentos estéticos de Matsuo Bash?, que produz diversos efeitos no haicai em língua portuguesa, e a adição de um quarto por Olga Savary para estender o efeito de haicai na linguagem.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Samuel Delgado Pinheiro, Universidade Federal de São Paulo

Mestre em Letras pela Universidade Federal de São Paulo.

Eliane Cristina Testa, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Londrina. Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora de Literatura Portuguesa do Curso de Letras, da Universidade Federal do Tocantins.

Referências

ALMEIDA, Guilherme de. Poesia Varia. São Paulo: Cultrix, 1976.

BARTHES, Roland. A preparação do romance. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

BLYTH, Reginald Horace. Haiku - Spring. Tokyo: The Hokuseido Press, 1981.

CAMPOS, Haroldo de. A arte no horizonte do provável. São Paulo: Perspectiva, 1972.

FRANCHETTI, Paulo. Dois momentos na história do haicai no Brasil. Anais do IV Encontro nacional de professores universitários de língua, literatura e cultura japonesa, São Paulo, vol. IV, p. 157 – 167, 1994.

FRANCHETTI, Paulo, Elza Doi e Luiz Dantas, orgs. Haikai. Campinas: Editora da UNICAMP, 1996.

GOGA, Masuda. O haicai no Brasil. São Paulo: Oriento, 1988.

GUTILLA, Rodolfo Witzig, org. Haicai. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

LOBATO, Monteiro. Literatura do Minarete. Rio de Janeiro: Globo, 2009.

LEMINSKI, Paulo. Bashô. São Paulo: Brasiliense, 1984.

MARQUES, Fabrício. Guilherme de Almeida e o lugar do haicai na poesia brasileira. Disponível em: http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/245/167. Acesso em: 6/08/ 2015.

ODA, Teruko, Janelas e tempo. São Paulo: Escrituras, 2003.

SAVARY, Olga. Haikais. São Paulo: Roswitha Kempf, 1986.

SHIRANE, Haruo. Traces of Dreams. Palo Alto: Stanford University Press, 1998.

UEDA, Makoto. Matsuo Bashō. New York: Kodansha, 1982.

Downloads

Publicado

06-10-2017

Como Citar

PINHEIRO, S. D.; TESTA, E. C. Três versos e uma coda: as mutações do haicai no Brasil. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 34, p. 66–79, 2017. DOI: 10.5433/1678-2054.2017v34p66. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/30754. Acesso em: 18 abr. 2024.