A resistência da poesia em Vidas Secas de Graciliano Ramos

Autores

  • Maria de Lourdes Dionizio Santos Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2003v3p97

Palavras-chave:

Vidas secas, Graciliano Ramos, Poesia e resistência

Resumo

Propomo-nos fazer um estudo da poesia em Vidas secas, de Graciliano Ramos, por ser uma obra cujo discurso faz ressaltar a poesia no ritmo e nas imagens que ela (re)cria. Em um meio hostil, onde o poético busca a sua sobrevivência percebemos as almas aprisionadas como objetos pelos mecanismos produtivos. Na dor de ser apenas um objeto (in)útil, o ser humano - desumanizado - fica mudo para economizar o fôlego e assim tentar resistir contra a sua (sub)condição para extrair "de si a substância vital". Assim, o silêncio se faz poesia. Na reconstrução dessa forma romanesca, a realidade é recriada através da poesia, conferindo-lhe atualidade.

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Biografia do Autor

Maria de Lourdes Dionizio Santos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Mestra em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

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Publicado

17-03-2016

Como Citar

SANTOS, M. de L. D. A resistência da poesia em Vidas Secas de Graciliano Ramos. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 3, p. 97–118, 2016. DOI: 10.5433/1678-2054.2003v3p97. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24718. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos