Trajetórias de vida de travestis e transexuais de Belo Horizonte: Ser “T” e “Estar Prostituta”

Autores

  • Andresa Maria de Souza Sofal Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).
  • Mônica Martins de Oliveira Centro Universitário de Belo Horizonte
  • Patrícia Helena Martins Rodrigues Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).
  • Thaís Alexsandra Costa-Silva Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).
  • Luiz Paulo Ribeiro Centro Universitário de Belo Horizonte

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2019v21n2p375

Palavras-chave:

Identidade de Gênero. Prostituição. Serviço Social. Políticas Públicas.

Resumo

Este artigo se debruça sobre as relações da travestilidade/transexualidade e à prostituição em Belo Horizonte, questionando sobre quais acontecimentos na trajetória de vida das travestis e transexuais influenciaram na vivência da prostituição. Trata-se de um estudo qualitativo com seis travestis e transexuais que estão ou já estiveram prostitutas em Belo Horizonte, sendo selecionadas pelo método “bola de neve”. A coleta de dados foi feita através de entrevistas semiestruturadas, sendo que o roteiro foi construído de forma que as participantes fizessem um traçado sobre suas trajetórias pessoais, perpassando por elementos institucionais e das políticas públicas como a família, escola, o trabalho, a relação com a prostituição e a identidade de cada uma delas. A análise de conteúdo categorial possibilitou relacionar as trajetórias, destacando os pontos comuns ao grupo, em que as experiências vivenciadas pelas travestis nas instituições família, escola e a discriminação e a exclusão no mercado de trabalho formal contribuem para a inserção na prostituição. A partir da análise da fala das entrevistadas, fica explícita a necessidade de uma maior aproximação do Serviço Social na luta pela efetivação dos direitos da população LGBT.

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Biografia do Autor

Andresa Maria de Souza Sofal, Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Assistente Social graduada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Mônica Martins de Oliveira, Centro Universitário de Belo Horizonte

Assistente Social graduada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH)

Patrícia Helena Martins Rodrigues, Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Assistente Social graduada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Thaís Alexsandra Costa-Silva, Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Assistente Social graduada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Luiz Paulo Ribeiro, Centro Universitário de Belo Horizonte

Doutor em Educação: Conhecimento e Inclusão Social (FaE-UFMG), Mestre em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (FM-UFMG). Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

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Publicado

10-04-2019

Como Citar

SOFAL, A. M. de S.; OLIVEIRA, M. M. de; RODRIGUES, P. H. M.; COSTA-SILVA, T. A.; RIBEIRO, L. P. Trajetórias de vida de travestis e transexuais de Belo Horizonte: Ser “T” e “Estar Prostituta”. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 375–396, 2019. DOI: 10.5433/1679-4842.2019v21n2p375. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/28088. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos