“Tenho 8% de gordura”: processos de subjetivação da celebridade sob a moral da boa forma

Autores

  • Francisco Vieira da Silva Doutorando em Linguística pela Universidade Federal da Paraíba
  • Francisco Freitas Leite Professor Doutor da Universidade Regional do Cariri (URCA)

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2017v20n1p56

Resumo

Nosso intuito neste artigo consiste em apreender o funcionamento de discursos midiáticos em torno do corpo da celebridade, para descrevermos os modos através dos quais o sujeito celebridade é constituído, na relação com o corpo e com saberes e práticas que emergem dessa relação. Para tanto, tomamos como subsídio teórico as reflexões de Michel Foucault acerca do corpo, observado num viés discursivo. As materialidades de análise constituem-se de notícias veiculadas no site Ego. No exame dessas notícias, demonstramos que o sujeito celebridade subjetiva-se a partir de práticas e saberes que incidem sobre a construção de um corpo torneado sob a moral de forma e, ao mesmo tempo, utiliza-se desses discursos como possibilidades para permanecerem sob a órbita do aparato midático. Além disso, do discurso da celebridade emergem marcas linguístico-enunciativas referentes a índices e taxas de gordura, quantidade de exercícios físicos e de treinamento, tratamentos nutricionais e dietas peculiares, entre outros aspectos, responsáveis por enxertar esse corpo sob os limites de uma moral da boa forma, de uma ascética que privilegia a exibição de formas físicas magras, torneadas e atléticas. 

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Publicado

2017-05-06

Como Citar

VIEIRA DA SILVA, F.; FREITAS LEITE, F. “Tenho 8% de gordura”: processos de subjetivação da celebridade sob a moral da boa forma. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 56–80, 2017. DOI: 10.5433/2237-4876.2017v20n1p56. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/24482. Acesso em: 20 abr. 2024.