Ambiguidade, negação e c-comando

Autores

  • Rerisson Cavalcante de Araújo Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2016v19n2p470

Palavras-chave:

escopo negativo, adjuntos, rotulação

Resumo

Neste artigo, analiso o fenômeno da ambiguidade do escopo negativo em sentenças com adjuntos causais, temporais e de finalidade, em que a negação pode recair sobre o predicado ou sobre o adjunto. Discuto as análises de Huang (1982), Takubo (1985) e Johnston (1994) segundo os quais a ambiguidade decorre de diferentes relações de c-comando entre negação e adjunto, em decorrência da opcionalidade de adjunção ao VP e ao IP. Apresento uma série de fatos linguísticos que são problemáticos para essa análise, i.e., contextos em que o adjunto deve ser c-comandado pela negação, mas em que a ambiguidade ainda permanece, ao contrário do esperado. Argumento que o c-comando é uma condição necessária, mas não suficiente, para a definição do escopo e defendo que a disponibilidade das leituras de negação de predicado e de negação de adjunto decorre da opcionalidade da aplicação de rotulação no processo de adjunção, segundo Hornstein e Nunes (2008).

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Biografia do Autor

Rerisson Cavalcante de Araújo, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduado em Letras Vernáculas pela UFBA (2005), Mestre em Letras pela UFBA (2007), Doutor em Linguística pela USP (2012). Foi professor de língua portuguesa e linguística pela UNIME e pela UNIJORGE. Atualmente, é professor de lingüística pela UFBA.

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Publicado

2016-12-16

Como Citar

CAVALCANTE DE ARAÚJO, R. Ambiguidade, negação e c-comando. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 470–504, 2016. DOI: 10.5433/2237-4876.2016v19n2p470. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/21756. Acesso em: 18 abr. 2024.