Vanguardas e revolução: a poesia concreta

Autores

  • Henrique Manuel Ávila Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.1992v13n3p139

Palavras-chave:

Literatura brasileira, Vanguarda, Sociologia da literatura

Resumo

Sem se dar conta do quanto de provinciano e de ressentido havia na sua atitude, o movimento brasileiro da poesia concreta pretendeu, nos anos cinqüenta, ter dado um salto qualitativo-revolucionário na evolução das formas da poesia ocidental, adiantando-se assim, em termos técnicos, aos grandes centros do poder cultural e econômico na Europa e nos Estados Unidos. Atacada pelos movimentos culturais de esquerda nos anos sessenta, a poesia concreta quis ainda impor a sua forma como o único modo eficiente de fazer revolução social através da arte. Mas, já nos anos oitenta, acabou por integrar-se na atmosfera pós-moderna de desencanto em relação as revoluções sociais e estéticas, o que equivale a reconhecer a debilidade das suas inovações formais e a insinceridade dos seus episódicos prop6sitos critico - sociais. O pouco que ficou de bom da poesia concreta tem sentido inegavelmente progressivo e convém agora uni-lo ao generoso sonho utópico que subjaz As aparentemente antiartísticas vanguardas do tipo do Centro Popular de Cultura (CPC).

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Publicado

28.11.2004

Como Citar

ÁVILA, H. M. Vanguardas e revolução: a poesia concreta. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 139–147, 2004. DOI: 10.5433/1679-0383.1992v13n3p139. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/9421. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção Livre